"Salomé", de Strauss, exorta luxúria de personagem-título
Na Judeia dos tempos de Cristo, Salomé é obcecada pelo profeta Jokanaan (João Batista) e fará de tudo para que o rei Herodes lhe entregue a cabeça dele.
Essa é a trama de "Salomé", de Richard Strauss, volume 19 da Coleção Folha Grandes Óperas, que chega às bancas no próximo domingo, dia 11 de junho.
Estreada em 1905, "Salomé" é um dos marcos operísticos do século 20 e tem como base a peça homônima escrita por Oscar Wilde em 1893.
Seu autor, o compositor alemão Richard Strauss (1864-1949), foi um mestre da orquestração, com a elaboração de partituras luxuriantes e coloridas, como os poemas sinfônicos "Don Juan" e "Assim Falou Zaratustra".
Em "Salomé", ele emprega uma orquestra de mais de cem músicos para descrever a trama de desejo que perpassa a corte de Herodes, que tem seu ápice em "Dança dos Sete Véus", com a qual a protagonista se desnuda diante do monarca para, enfim, obter a cabeça do profeta.
A música de Strauss soa especialmente bem com as orquestras austro-germânicas e, aqui, ela é executada por uma das mais respeitadas formações dessa tradição: a Filarmônica de Viena, sob a batuta do especialista Clemens Krauss, que era amigo do compositor.
A soprano Christel Goltz canta o papel-título, enquanto Jokanaan é interpretado pelo baixo-barítono Hans Braun. Já o personagem Herodes é vivido na gravação pelo tenor Julius Patzak.
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