"A OEA tem planejado avançar em estabelecer sanções mais fortes. Eu louvo o estabelecimento de cláusulas democráticas em todos os países destinadas à suspensão da condição de membro das nações onde se viola a democracia e a institucionalidade", disse Insulza em entrevista coletiva prévia à abertura da 41ª Assembleia Geral da OEA.
O secretário elogiou o fato de outros organismos regionais, como a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e o Mercosul, terem estabelecido cláusulas democráticas em seus estatutos, que, segundo ele, buscam "evitar golpes" de Estado.
No entanto, Insulza disse que a Carta Democrática Interamericana da OEA é muita mais ampla que as disposições de outros organismos regionais, porque considera que não só a derrocada de um Governo é uma "violação à democracia", mas também outras situações, como a fraqueza institucional.
Insulza admitiu que o mais importante seria fazer com que os organismos regionais pudessem agir antes da ocorrência de interrupções da ordem constitucional nos países do continente americano.
"É muito difícil aplicar medidas efetivas depois que os fatos ocorreram", declarou o secretário-geral, que reiterou seu respaldo à proposta do presidente de El Salvador, Mauricio Funes, de criar uma espécie de "alerta antecipado" para agir perante as situações de risco à democracia.
Deste domingo até terça-feira, a OEA realizará na capital salvadorenha sua 41ª Assembleia Geral, centrada no tema da segurança civil no hemisfério, que agora vive uma crescente onda de violência associada aos grupos de narcotraficantes.
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