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Internacional
Domingo - 05 de Junho de 2011 às 06:37

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O governo da China assegurou neste domingo que não representa uma ameaça para a paz e a segurança na Ásia e ressaltou que jamais buscará impor à força sua política externa, nem mesmo sua reivindicação de soberania das disputadas ilhas Spratly.

O ministro da Defesa chinês, general Liang Guanglie, afirmou durante um discurso em Cingapura que Pequim aposta na "democracia" e no "respeito" nas relações internacionais, segundo a emissora Channel News Asia.

"A China está comprometida com a paz e a segurança regionais por meio da cooperação", declarou o general na conferência de segurança asiática, conhecida como Diálogo de Shangri-La, realizada neste fim de semana em Cingapura.

Com relação às ilhas Spratly, Liang insistiu que seu país nunca pôs em perigo a navegação marítima ao redor do arquipélago, e, sem mencionar nomes, disse que as nações não devem criar uma aliança contra um terceiro. "A China nunca buscará a hegemonia ou a expansão militar", porque sua meta é "a paz, não a guerra", declarou Liang, o oficial chinês de mais alta categoria que esteve presente no encontro de Cingapura nos últimos dez anos.

Neste sábado, as Filipinas acusaram navios chineses de intimidarem seus barcos pesqueiros nas ilhas Spratly, sendo essa a mais recente de uma série de denúncias cruzadas a respeito da soberania do arquipélago, um território rico em recursos naturais situado no Mar da China Meridional.

China, Filipinas, Malásia, Vietnã, Brunei e Taiwan disputam há anos os direitos sobre o arquipélago, sob cujas águas existem jazidas de gás natural e petróleo.

Esta atitude de Pequim provoca receios entre esses países, o que levou o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, a afirmar no sábado, neste mesmo fórum, que Washington manterá sua presença militar na Ásia para continuar protegendo seus parceiros diante do crescente poderio chinês.

Liang e Gates se reuniram na sexta-feira em Cingapura para tentar apaziguar os ânimos nas relações militares entre os dois países, estagnadas pela venda de armas dos EUA a Taiwan, território considerado por Pequim uma província rebelde da China.





Fonte: EFE

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