Bom humor e pouca roupa foram as marcas
registradas das manifestantes na marcha
A versão paulistana da marcha foi mais recatada do que as equivalentes estrangeiras. “A gente não quer carnaval. A gente quer que as pessoas se vistam normalmente, como elas gostam de se vestir”, disse a publicitária Madô Lopez, de 28 anos, co-responsável pela marcha. O que mais chamou a atenção entre os cerca de 300 participantes foi a grande quantidade de cartazes contra o machismo e a favor do respeito entre os gêneros. Além disso, um grupo de mulheres animava o público usando tambores improvisados em baldes para produzir música.
Apenas uma jovem foi mais ousada e encarou a fria tarde de sábado vestindo apenas calcinha e sutiã. A estudante Emilia Aratanha, de 23 anos, justifica a vestimenta: “Independentemente do que você usa, em primeiro lugar vem o respeito.”
Ela lamenta a violência contra as mulheres –fato que em sua opinião é uma realidade mundial. “Tem mulheres com burca que acabam sendo estupradas. Isso tem que acabar.”
Participantes da marcha exibiram cartazes contra o machismo e a favor do respeito entre os gêneros
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