Ministério vê trabalho degradante em programa do governo federal
Nove pessoas foram flagradas trabalhando em condições análogas à escravidão em obras do programa do governo federal Luz para Todos, que tem como objetivo levar energia elétrica para a população rural.
O flagrante ocorreu no município de Guajará-Mirim (RO), na fronteira com a Bolívia, após operação do Grupo de Fiscalização Móvel de Combate ao Trabalho Escravo em março e abril, coordenado pelo Ministério do Trabalho.
Segundo informações do ministério, os trabalhadores moravam em alojamentos sujos e precários e executavam tarefas perigosas, como manuseio de cabos de alta tensão, sem treinamento e equipamentos de proteção.
Eles não tinham acesso a água potável e atravessavam longas distâncias até o refeitório. Nos alojamentos, os banheiros não tinham chuveiros nem vasos sanitários.
De acordo com o procurador do Trabalho Juliano Ferreira, que acompanhou a fiscalização, os trabalhadores estavam no local desde setembro do ano passado.
Em nota, a Eletrobras Distribuição Rondônia, responsável pela implementação do Luz para Todos no Estado, informou que não tem conhecimento de "situações relacionadas a empregados de empresas prestadoras de serviços, referentes a condições inadequadas de trabalho".
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