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Sábado - 04 de Junho de 2011 às 10:51

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Em maio e junho é prevista a desaceleração das vendas por causa da alta dos juros, em decorrência da inflação, mas não com fechamento negativo do consumo. A aposta, segundo o superintendente da CDL Cuiabá, Nelson Soares, é de uma média de até 8%. Ele completa que os comerciantes, já de antemão avisados, façam concessão de crédito segura, evitando a inadimplência decorrente do aumento dos juros sobre os preços de presentes.

Datas comemorativas, como o Dia dos Namorados, costumam fazer as vendas darem um salto positivo em relação ao início do ano. Vestuário feminino, cosméticos e calçados são os segmentos cujo crescimento deve ser maior, explica o economista Edisantos Amorim.

Com a consideração de comerciantes de alguns setores do Comércio de que “abril foi fraco”, os outros dois meses do segundo trimestre prometem aquecer as vendas em vários setores. Além de ser o melhor período para construções, datas comemorativas como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados costumam fazer as vendas darem um salto positivo em relação ao início do ano. Vestuário feminino, cosméticos e calçados são os segmentos, cujo crescimento deve ser maior, segundo o economista Edisantos Amorim.

Outro fator importante que deve contribuir com o aumento das vendas é a queda no preço do combustível, “pois começa agora entressafra da cana de açúcar, o que gera melhora nos preços de todo o comércio”, explica o economista.

Há uma expectativa de que o primeiro semestre de 2011 tenha um aumento de 15% nas vendas em comparação ao mesmo período do ano passado. Dentro disso, projeta-se que: vestuário terá incremento de 11,5%; cosméticos e calçados 11%. “É um bom crescimento para uma economia que está preocupada com a inflação”, esclarece Edisantos.

Ele lembra que “estamos vivendo a lei da oferta e procura. Uma coisa está ligada a outra, quando o preço baixa, aumenta a procura. Se os seus preços melhorarem, o seu vizinho não vai querer ficar para trás”, aponta. “Tudo mundo fica tentando se conter, mas quando caem os preços, todo mundo acompanha. O comerciante prefere ter um ganho menor do que deixar de vender, estocar a
mercadoria”.

Comerciante cuiabano - Na loja TNG o forte são as roupas masculinas. “Para nós, o Dia dos Namorados é o segundo natal, nossas vendas aumentam em até 50%. No meio do ano, quando faz um pouco de frio por aqui, as vendas são sempre melhor”, informa a gerente da loja, Eliane Rosa.
Acompanhando o pensamento positivo do comércio para o este trimestre, Luiz Carlos Arruda, gerente da Giovanna Calçados, acredita que as vendas devam ter uma aumento de 10% em relação ao segundo trimestre do ano passado. “Em 2010 vendemos 50% a mais que em 2009, e em 2010, esperamos mais aumento ainda”, diz, apontando que estão “investindo bastante em campanhas para que isso se confirme”.

Brasil - A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) prevê crescimento de 10% nas vendas do varejo no Dia dos Namorados 2011, na comparação com o resultado do igual período de 2010. A projeção é maior que a variação verificada na passagem de 2009 para 2010, quando as vendas do comércio registraram alta de 7,23%, segundo números do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
 
A estimativa de alta reflete a manutenção do consumo do brasileiro, como mostrou hoje os números do PIB, apesar do impacto já significativo das medidas de restrição de crédito adotadas pelo governo e da pressão mais forte da inflação para o consumidor, conforme avaliação do economista e presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.
 
O gasto médio do brasileiro com o presente de Dia dos Namorados também deve aumentar este ano, chegando a R$ 120, contra um tíquete médio de R$ 100 registrado em 2010. De acordo com Pellizzaro Junior, esse valor tende a estabilizar-se, devido à escalada do consumo das famílias de renda mais baixa, que costumam adquirir produtos de menor valor agregado.
 
“Nos últimos quatro anos, 30 milhões de brasileiros realizaram uma compra a prazo pela primeira vez, e a tendência é que esse consumo se mantenha em alta nos no longo prazo. Isso reduz em certa medida o valor do gasto médio com compras, mas aumenta o fluxo de vendas, o que favorece principalmente o lojista de pequeno porte”, avalia.
 
Esse perfil de consumo favorece as vendas de produtos mais baratos, como é o caso dos itens de perfumaria, jóias e semijóias, calçados, vestuário e acessórios, que devem liderar as vendas este ano, a exemplo do que já ocorreu em 2010.
 
O Dia dos Namorados é a terceira melhor data para o comércio nacional, perdendo apenas para o Natal e para o Dia das Mães.





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