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Sábado - 04 de Junho de 2011 às 08:29
Por: Felipe Schroeder Franke

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Arte Terra/Getty Images
A final da maturidade de Roland Garros: Schiavone luta pelo bi, e Li pela história de seu país
A final da maturidade de Roland Garros: Schiavone luta pelo bi, e Li pela história de seu país

Caroline Wozniacki, a badalada jovem líder do ranking da WTA, lutou, mas ficou no meio do caminho no saibro de Roland Garros. E a até pouco tempo líder, a prodígio Dinara Safina, nem voou para Paris, lesionada. Ambas, cada uma a seu modo, amargam a pressão - aliás, muito comum no mundo do tênis - de, ainda jovens, liderarem o ranking e carecerem da glória maior deste esporte: um troféu de Grand Slam.

Não é o caso de Francesca Schiavone, e podemos dizer até de Na Li, que logo mais entram na quadra para decidir o título de Roland Garros 2011. Embora bem ranqueadas (atuais quinta e sétima, respectivamente), nenhuma delas liderou o ranking e muito menos brilhou como jovem promessa.

Nascidas ambas no início da década de 80 - e, portanto, já batendo na casa dos 30 anos - a italiana e a chinesa demonstram um grande amadurecimento na fase em que é normal pensar em largar a raquete. E este processo pode se ver coroado com o troféu do saibro francês, o mais simbólico da luta e da perseverança entre os Slams.

Além de próximas no ranking e na idade, ambas igualam no número de títulos (quatro para cada lado e obtidos ao longo dos últimos anos) e no número de finais de Grand Slam (uma para cada). E aí os caminhos se dividem um pouco: por um lado, a vantagem cai para Schiavone, que venceu a única final, justamente em Roland Garros, no ano passado; já Na Li, embora seja vice na Austrália, obteve o resultado justamente neste ano, demonstrando solidez no percurso recente.

Em Roland Garros, tanto a italiana como a chinesa tiveram uma caminhada sólida. Schiavone voou nas primeiras rodadas, embora depois tenha batalhado em três sets nas oitavas (derrotando Jankovic) e nas quartas (superando Pavlyuchenkova).

Na Li teve jogos mais complicados na primeira semana em Paris, mas cresceu e avançou pelas rodadas finais com atuações firmes. E ambas passaram com autoridades nas semifinais, derrotando Bartoli (favorita da casa) e Sharapova (favorita das câmeras), respectivamente.

As semelhanças vão além. Ambas são destras e possuem um estilo semelhante: jogo de fundo de quadra que mistura firmeza, precisão e agressividade. A diferença pode recair no fato de Schiavone, com golpes soltos e a esquerda de uma mão (algo hoje em dia pouco comum, sobretudo no circuito feminino), ousar um pouco mais, enquanto que Na Li pode optar por um jogo conservador, sem, no entanto, abdicar do estilo ofensivo que a colocou entre as duas melhores de Paris.

Seja como for, será uma final de tenistas que, na maturidade, atingem o melhor do seu tênis. E se para Schiavone a segunda taça seria a coroação definitiva de sua qualidade individual, para Na Li o título no saibro marcaria o primeiro Grand Slam para uma tenista chinesa.

Se às vezes, para alguns, o que falta no tênis feminino é a consistência de jogo, a final de logo mais tem tudo para caminhar nessa direção: duas tenistas que sabem que vivem o melhor, e pelo qual batalharam por muito tempo.

Na Li e Francesca Schiavone entram em quadra no saibro de Roland Garros neste sábado, às 10h (de Brasília), com acompanhamento ponto a ponto do Terra.





Fonte: Terra

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