Bento XVI fez tais declarações aos jornalistas que o acompanharam no avião durante o percurso entre Roma e Zagreb em sua primeira visita de 48 horas à Croácia.
O papa assegurou que a maioria dos croatas vê com alegria a entrada do país eslavo na União Europeia.
"É lógico, justo e necessário que a Croácia entre onde sempre, histórica e culturalmente esteve", declarou o Pontífice, que acrescentou que "se pode entender que um certo setor esteja preocupado e veja com ceticismo e inclusive com medo a entrada em uma Europa já feita e construída".
"Se pode entender - prosseguiu - esse medo a um centralismo muito forte que não tem suficientemente em conta a história e a riqueza dos povos que conformam à Europa unida".
O papa incentivou assim a renovação da unidade europeia levando em conta as diferentes culturas e as raízes cristãs do velho continente.
Bento XVI assinalou que os croatas, como disseram em uma ocasião um grupo de bispos desse país, não são balcânicos, mas centro-europeus.
Esta é a segunda vez que um papa visita a Croácia, após as viagens realizadas por João Paulo II em 1994, 1998 e 2003.
A visita ocorre no 20º aniversário da independência da Croácia da antiga Iugoslávia e quando o país prepara-se para entrar em 2013 na UE, uma incorporação que o Vaticano apoia.
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