"Dizemos que vamos fechar grandes trechos de floresta e preservá-los, mas essas florestas poderiam ser usadas para outras finalidades," afirmou ele a líderes e delegados de 35 países que ocupam as bacias Amazônica, do Congo e de Borneo-Mekong, as três maiores faixas de floresta do mundo.
A conferência na capital da República do Congo destina-se a encontrar formas dos países em desenvolvimento com grandes trechos de floresta influenciarem a política global sobre mudança climática e receberem financiamento para o gerenciamento das florestas que absorvem bilhões de toneladas de carbono, resfriando o clima.
Os países em desenvolvimento reclamam que há um custo para proteger as florestas naturais e que os países mais ricos com altas emissões de dióxido de carbono devem pagar pelos esforços conservacionistas que trazem benefício ao planeta.
"Se eles (o Ocidente) não podem ser responsáveis, então haverá a tentação da parte de muitos países que têm muitos pobres de ganhar mais cortando as árvores e plantando soja ou arroz ou criando gado," afirmou Jagdeo.
Com uma conscientização cada vez maior sobre como as florestas conseguem deter a mudança climática, foram prometidos cerca de 4 bilhões de dólares para combater o problema, mas boa parte do dinheiro ainda precisa ser desembolsada.
"Eles estão fazendo uma escolha consciente e, a menos que o mundo desenvolvido reconheça isso e se envolva numa parceria verdadeira, o que significa apoio financeiro, isso não vai funcionar. Não pode funcionar sozinho," disse Jagdeo aos delegados.
A Guiana fica na Amazônia, a maior das três florestas que formam 80 por cento das florestas tropicais do mundo. Elas abrigam dois terços da biodiversidade terrestre do mundo e absorvem bilhões de toneladas de carbono.
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