Durante os dois dias que passará exclusivamente em Zagreb, o Papa estará num país com população de 4,4 milhões de habitantes, 90% católicos, onde os sentimentos nacionalistas e religiosos se conjugam.
Bento XVI ouvirá croatas, com frequência inquietos por seu futuro ingresso na União Europeia. A crise econômica afeta duramente o país chamado a se converter no 28º membro da UE.
Uma parte da opinião pública e da Igreja croata, muito nacionalista, critica ainda a Europa por sua prudencia durante a luta pela independência do país, no conflito armado entre croatas e sérvios entre 1991 e 1995.
Na Croácia, primeira nação eslava a ser cristianizada, e considerada a Polônia do Sul, o Papa defenderá as "raízes cristãs" da Europa.
O auge da visita acontecerá na manhã de domingo, com a celebração de uma grande "festa das famílias", no hipódromo da capital croata.
Na ocasião, Bento XVI defenderá a família tradicional e pedirá que se resista a seu desaparecimento.
O Papa visitará também o túmulo do cardeal Alojzije Stepinac, beatificado por João Paulo II em 1998, apesar da controvérsia por seu papel, qualificado por alguns de temeroso e cúmplice, durante o regime croata pró-nazista dos Ustasha.
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