PM atira após discussão
Um soldado da Polícia Militar é acusado de atirar em um mototaxista depois de uma discussão de trânsito. A vítima foi atendida com um disparo no braço direito que atravessou o abdome. O mototaxista Aprígio Pinto de Andrade, 39, disse que por sorte o disparo não atingiu nenhum órgão vital ao atravessar o corpo. No momento do atentado havia uma ambulância nas imediações que o socorreu imediatamente. O soldado PM Cardoso, lotado na Companhia do bairro Santa Isabel, fugiu em alta velocidade, no veículo Corolla que dirigia. O fato ocorreu por volta das 21h, na avenida Agrícola Paes de Barros, no bairro Cidade Alta.
Aprígio disse que há 10 anos atua no bairro Santa Isabel e na noite de terça-feira deixou o ponto com uma passageira na garupa. Logo depois de cruzar o trevo de acesso ao bairro, nas imediações do quartel do Corpo de Bombeiros, ouviu uma freada brusca vindo de trás. Em seguida, o Corolla o ultrapassou pela direita, em alta velocidade, e por pouco não atingiu a moto.
O mototaxista disse que seguiu normalmente depois do susto, quando algumas quadras adiante, próximo da esquina com a rua Ranulfo Paes de Barros, acabou alcançando o veículo, já que o trânsito estava congestionado. O mototaxista disse que sem tirar as mãos da direção se dirigiu ao motorista e perguntou se ele havia visto como foi irresponsável ao quase atropelar os 2 ocupantes da moto. Perguntou se ele estava bêbado para fazer uma manobra daquelas. "Então ele falou duas vezes: ah, eu to bêbado? Em seguida sacou de uma arma e fez o disparo que atravessou o meu braço e abdome, fugindo em direção ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), do bairro Verdão".
O mototaxista foi socorrido ao PS e liberado na tarde de quarta-feira. Com o número das placas do Corola, policias militares chegaram até a suposta proprietária do veículo, que disse que havia financiado ele para um cabo PM que atua na Academia de Polícia em Várzea Grande. Em contato com o cabo, ele informou que trocou o Corolla por uma Hilux, com o soldado Cardoso, que teria se envolvido no incidente. O cabo chegou a ir até ao PS para falar com a vítima, que não o reconheceu como o autor dos disparos.
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