Honduras foi suspensa da OEA em 4 de julho de 2009 após o golpe de Estado que depôs o então presidente, Manuel Zelaya, depois de fracassadas gestões diplomáticas para restaurar a ordem democrática.
A presidente da assembleia, a chanceler colombiana, María Ángela Holguín, convidou a delegação hondurenha enviada pelo presidente Porfirio Lobo a ocupar o seu lugar na sala da reunião.
Os representantes e os chanceleres presentes se puseram de pé e aplaudiram a entrada no Salão das Américas da ministra da Presidência de Honduras, María Antonieta de Bográn; do chanceler, Mario Canahuati, e do ministro de Planejamento e Cooperação Externa, Arturo Currais.
A assembleia aprovou retirar "com efeito imediato" a suspensão de participação de Honduras na OEA adotada em julho de 2009.
Além disso, decidiu acolher o Acordo para a Reconciliação Nacional e Consolidação do Sistema Democrático na República de Honduras, aprovado em Cartagena das Índias (Colômbia), "dentro do marco do pleno respeito do princípio de não-intervenção".
A volta do país ao organismo multilateral representa o retorno de Honduras ao sistema democrático interamericano e o reatamento de alguns projetos de cooperação que tinham sido suspensos.
A assembleia encarregou o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, de comunicar a resolução ao Governo de Honduras e remetê-la aos outros organismos do sistema interamericano, assim como ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O Equador foi o único país que se opôs e sua representante perante o organismo, María Isabel Salvador, alegou que "ainda não há as condições propícias e suficientes" para o retorno do país ao organismo.
Ela destacou que alguns dos envolvidos na derrocada de Zelaya continuam em cargos públicos e afirmou que neste período houve sobrestamentos favoráveis a pessoas que apoiaram o golpe.
"A impunidade propicia a violação crônica dos direitos humanos e a inobservância gera um precedente para que voltem a se repetir", ressaltou.
O Equador tinha anunciado que não apoiaria a volta de Honduras ao organismo por considerar que não foram feitas as reformas necessárias em matéria de direitos humanos e que os responsáveis pelo golpe não foram punidos.
A volta de Zelaya ao país no sábado passado, uma das principais reivindicações da comunidade internacional, abriu as portas para o retorno de Honduras à OEA.
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