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Internacional
Quarta - 01 de Junho de 2011 às 08:25

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O governo da Província de Buenos Aires, na Argentina, iniciou nesta semana um programa para eliminar os saleiros das mesas dos restaurantes.

O objetivo da medida, que é parte de um programa para o combate à hipertensão arterial, é conseguir uma redução no consumo de sal e com isso a redução dos riscos de doenças cardíacas entre a população.

Os especialistas afirmam que os clientes dos restaurantes têm o costume de colocar sal nos pratos sem sequer prová-los antes para saber se já não estão suficientemente salgados.

A nova norma vale apenas para os restaurantes da Província de Buenos Aires, que não inclui a cidade de Buenos Aires, capital do país.

As autoridades locais estimam que até 3,7 milhões dos 15,6 milhões habitantes da província sofram de hipertensão, que pode levar a derrames cerebrais ou problemas cardíacos.

"A intenção é reduzir o risco de hipertensão, enfermidade que afeta um terço da população argentina e que constitui um dos principais fatores que levam a doenças e mortes cardiovasculares", explicou à BBC o secretário da Saúde da província, Alejandro Collia. "Por isso acreditamos que o Estado deve intervir", disse.

Mortes
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a cada ano cerca de 12 milhões de pessoas morram por problemas cardíacos ou acidentes cardiovasculares, número muito maior do que o de fatalidades em decorrência da violência ou de acidentes de trânsito.

Segundo especialistas, a redução do consumo de sal pode ser chave para reduzir essas mortes. Um estudo argentino calculou que a redução de um grama de sal a cada cem gramas de pão consumido pode evitar 60 mil mortes em dez anos.

Em sua campanha contra o sal, o governo de Buenos Aires chegou a dois acordos - um com a associação argentina de restaurantes para eliminar os saleiros das mesas e outro com a federação da indústria panificadora para reduzir em 40% o sal colocado nas massas dos pães.

"Cada argentino consome em média 13 gramas de sal por dia, enquanto a recomendação da OMS é para consumir menos de 5. Se conseguirmos baixar o consumo diário na província em 3 gramas, evitaríamos cerca de 2 mil mortes ao ano", diz Collia.

"Não é algo que vamos mudar de um dia para o outro, mas com os programas de conscientização faremos com que ocorra uma redução importante do consumo de sal", afirmou.






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