Cuiabá: Arena Pantanal será entregue à iniciativa privada depois do Mundial

 

O modelo de privatização foi definido após análise dos custos de manutenção do estádio. Como atrativos, além do espaço, que poderia abrigar jogos e shows, a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo em Mato Grosso (Secopa), embora não confirme, aposta na criação de um hotel e até mesmo de um centro de eventos no interior do estádio.

 

Os custos de manutenção de uma arena esportiva no padrão definido pela Fifa assusta bastante. A Arena Manaus, por exemplo, gerará R$ 5 milhões de despesa por ano apenas para não se deteriorar, sem contar gastos como o de pessoal para garantir a operação do local em eventos de qualquer tipo.

 

O preço, aliado às dificuldades enfrentadas pela administração pública, engessada por uma imensa estrutura burocrática, tornam a concessão a melhor saída para se evitar o que ocorreu na Grécia, sede dos Jogos Olímpicos de 2004, que abandonou parte das instalações, ou na África do Sul, em que a demolição de um estádio construído para o evento foi debatida.

 

Nas praças esportivas construídas com dinheiro público e já concedidas, caso do Mineirão, em Belo Horizonte (MG) e do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), as empresas conseguiram acertar com clubes de futebol das cidades o uso da arena, além de realizar diversos eventos, como shows. Em Brasília, que deverá ter o Mané Garrincha privatizado e não tem clubes na Série A do Brasileirão, a saída foi comprar jogos de times de outros Estados para garantir arrecadação. Esta deverá ser uma saída para os futuros administradores da Arena Pantanal.

 

Enquanto isso, as obras seguem para a fase final, com o término da cobertura do estádio, o plantio da grama, a instalação das cadeiras e o acabamento de camarotes, cabines e outras partes do estádio. A Secopa estima que até dezembro tudo esteja pronto e a inauguração ocorra entre os dias 10 e 20 de janeiro do ano que vem.