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Nacional
Terça - 31 de Maio de 2011 às 15:06

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A ministra-chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário (PT), afirmou nesta terça-feira que o governo não tem condições de garantir a integridade de ambientalistas e líderes agrários ameaçados de morte nos Estados da Amazônia Legal. "Seria errôneo, seria ilusório dizer que temos condições de atender a uma lista de tantos e tantos nomes", afirmou Maria, referindo-se à lista entregue hoje pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Igreja Católica, com mais de 1,8 mil nomes de pessoas que receberam ameaças nos últimos dez anos.

Segundo a ministra, a primeira iniciativa será analisar a lista e ver o que pode ser feito, caso a caso. Maria do Rosário afirmou ainda que os programas de proteção a vítimas de ameaças dependem de um trabalho rigoroso de investigação, para poder devolvê-las à vida normal. "A proteção de Direitos Humanos é algo que tem que ser encarado como excepcionalidade. Viver com uma escolta, ser acompanhado na porta da escola de um filho, é algo que deve ser visto também como uma relação de privação de direitos. A proteção não pode ser feita sem uma porta de saída, sem uma forma de dar fim às ameaças", disse.

O encontro com a Pastoral da Terra ocorre uma semana após a morte de três pessoas ligadas a movimentos de defesa ambiental na Amazônia. Na última terça-feira, os líderes extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva foram executados em Nova Ipixuna (PA). Três dias depois, o agricultor e líder do Movimento Camponês Corumbiara, Adelino Ramos, conhecido com Dinho, foi assassinado no distrito de Vista Alegre do Abunã, em Porto Velho (RO).





Fonte: Terra

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