O governo cubano condenou as sanções dos Estados Unidos contra a estatal petrolífera venezuelana PDVSA por suas relações comerciais com o Irã, e ressaltou o "risco" que impliquem "novos conflitos" e "tentativas de dividir" a América Latina e o Caribe. "É preciso expressar uma enérgica condena contra esta agressão contra o povo venezuelano, contra a revolução bolivariana, contra a PDVSA bolivariana", afirmou o ministro de Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, em declarações ao canal Telesur divulgadas no sábado pela televisão estatal cubana.
Rodríguez disse que o governo da ilha e os cubanos se solidarizam e dão todo seu respaldo ao presidente venezuelano Hugo Chávez e a seu povo. "Os Estados Unidos violam o direito internacional, aplicam leis unilaterais de maneira extra-territorial. É preciso denunciar, é preciso se perguntar se os EUA estão iniciando uma nova escalada contra a revolução bolivariana", ressaltou o chanceler cubano.
Nesse sentido, disse que "o tema essencial não é o caráter econômico das medidas, mas o risco que isto implique novos conflitos na região" e "novas tentativas de dividir a América Latina e o Caribe em um momento culminante de sua unidade e de sua independência".
O Departamento de Estado americano anunciou na terça-feira passada sanções contra sete empresas internacionais, entre elas a PDVSA, por apoiar o setor energético do Irã. As sanções implicam que a PDVSA não poderá assinar contratos com o governo americano nem receber financiamento desse país para suas operações de importação e exportação.
A Venezuela manifestou seu repúdio à decisão americana e afirmou que está avaliando a situação para dar uma "resposta proporcional" à medida.
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