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Nacional
Sábado - 28 de Maio de 2011 às 12:46

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A câmera mostra bichos feios, como ratos e morcegos, que infestaram respectivamente uma casa e um estádio. Corta. Agora aparece comida humana, seja na cozinha infestada pelos roedores ou na barraca de cachorro-quente de jogo de beisebol.

Surge, então, Billy Bretherton, quase tão feio quanto os bichos com que lida, nos dizendo o quanto esses animais gostam de fazer cocô e xixi por tudo.

"Billy: O Exterminador", que vai ao ar no canal A&E hoje, a partir das 14h, não é, portanto, para quem tem nojo, nem para assistir abraçadinho com a pretendente.

O programa é mais um do segmento de reality shows "extremos".

Ele se une, por exemplo, a "Pesca Mortal", do Discovery Channel, que bateu recordes de audiência nos EUA mostrando pescadores de caranguejo no Alasca, e de "Trabalho Sujo", do mesmo canal --sobre quem limpa jaulas de zoológico ou retira restos de animais mortos da estrada.

Billy é o gerente de uma empresa de controle de pragas da Lousiana (EUA). É grande a fauna que ele encara nos 13 episódios, incluindo gambás, crocodilos e a sua irritada mãe --trata-se de uma empresa familiar.

SATISFAÇÃO

Não dá para dizer que ele é o tipo de cara que não se diverte: Billy não para de sorrir. A câmera captura um rato correndo, Billy sorri.

Outro rato é capturado. Ele fica ainda mais feliz e pega o bicho com a mão, levando-o até perto do seu rosto.

Para deixar o telespectador um pouco menos angustiado, os responsáveis colocam, nesse momento, uma trilha sonora descontraída com gosto de missão cumprida de "O Aprendiz".

Esse recurso se repete ao longo dos episódios, conforme Billy vai capturando todo tipo de bicho.

O interesse do telespectador pelas picuinhas da empresa, que surgem entre uma invasão de abelhas e outra, tende a ser limitado.

Para diferenciar os episódios, a série tenta esboçar um lado investigativo, um "CSI" do mundo das pragas. No caso dos ratos, por exemplo, Billy usa uma luz negra para saber, pelos rastros de urina, por onde eles passaram.

O enredo, porém, limita-se ao americano apontando para o carpete e mostrando que os ratos estiveram ali. Faz o mesmo na cozinha, faz o mesmo até na cama.

No final, em 24 horas Billy captura 30 ratos e duas cobras, que perceberam que a casa era bem servida.

Apesar do nome do reality, Billy, o "exterminador", é bastante politicamente correto: não é porque você tem medo de um animal que você precisa matá-lo, diz, e devolve a cobra à natureza. Mais trilha sonora vitoriosa.

NA TV
Billy: O Exterminador
Estreia da série
QUANDO hoje, A&E, 14h
CLASSIFICAÇÃO não informada






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