Presidente da Vale defende investir em Belo Monte e siderurgia
O novo presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse nesta sexta-feira que o seu principal diferencial à frente da mineradora será implementar uma gestão "mais descentralizada". As diretrizes principais, porém, serão mantidas.
O executivo afirmou que, apesar dos menores desembolsos no começo deste ano, os planos de investimento estão mantidos. Ressaltou ainda o fato praticamente não ter alterado a composição da diretoria-executiva --apenas a executiva Carla Grasso foi trocada por Vânia Somavila, há dez anos na Vale.
"Vamos recuperar e acelerar investimentos. Não penso paralisar ou postergar nenhum projeto no curto prazo."
Ferreira, que assumiu há uma semana, está numa ofensiva para melhorar a imagem da companhia. Dentro dessa estratégia, ele se reuniu em café da manhã com analistas nesta manhã.
O executivo foi muito indagado sobre a maior ingerência política na mineradora e os planos de investimento.
Ferreira negou que o governo interfira na empresa, mas afirmou que gosta de manter "um diálogo aberto e franco a fim de resolver todos os itens".
O executivo defendeu a ampliação dos investimentos em siderurgia --ponto de discórdia entre o governo e o ex-presidente da Vale Roger Agnelli-- e na usina de Belo Monte.
Após negociação com o governo, a Vale entrou no consórcio da usina e assumiu uma participação de 10% no projeto.
Para Ferreira, o investimento em energia é vital para a Vale especialmente para fazer frente aos grandes projetos da mineradora na região Norte, como a expansão da produção de Carajás e novas minas de cobre.
"O pior cenário é não ter energia."
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