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Só a UFMT oferece mais 160 vagas no curso, nas cidades de Sinop e Rondonópolis
Faculdades aumentam oferta de Medicina em 220 vagas
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) vai ofertar 100 novas vagas do curso de Medicina em Mato Grosso, nos campi de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), com 60 vagas, e de Rondonópolis (212 km ao Sul da Capital), a partir de 2014.
O Centro Universitário Univag, em Várzea Grande (área metropolitana de Cuiabá), começou, desde o mês passado, a disponibilizar 120 vagas para quem deseja ser médico.
A mensalidade é de R$ 6.525,00 e, mesmo que o candidato consiga contratar o financiamento estudantil (Fies, por meio da Caixa), deve pagar a matrícula integral.
Atualmente, são três faculdades ofertando o curso, considerado "de elite".
Em seis anos, Mato Grosso deve formar 400 médicos por ano, ajudando a reduzir a demanda de profissionais no Estado, especialmente no interior e em áreas remotas.
Até 17 anos atrás, fazer Medicina era restrito apenas a 40 vagas anuais da Universidade Federal, mas, há quatro anos, passou a 80 vagas por ano.
Em seguida, a Universidade de Cuiabá (Unic) passou a ofertar o curso em 1997. Eram 100 vagas anuais, mas, pelo mau desempenho em 2011, reduziu para 42. O valor atual da mensalidade é de R$ 5.399,00.
A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) oferta, desde agosto de 2012, 30 vagas por semestre para formar novos médicos. Já está na terceira turma, com uma concorrência acirrada de 300 candidatos por vaga.
O assessor da reitoria da UFMT, Francisco Souto, disse que a expansão da Medicina vai ao encontro da demanda por mais profissionais.
“O país precisa de mais médicos, embora a iniciativa privada venha implantando cursos e o Governo, incentivando a abertura nos campi das universidades federais. Preparamos os cursos, criando as estruturas necessárias, fizemos convênios com autoridades locais para que os alunos façam estágios e as aulas práticas”, explicou.
Saúde Básica
As novas turmas de Medicina da UFMT devem ter um conceito diferente de ensino. De acordo com Francisco Souto, além em de focar em hospitalização, eles devem atuar também na Saúde Básica.
“Há uma tendência para a ‘desospitalização’ do curso de Medicina, pois existe a necessidade de reforçar a atenção básica. Contudo, os estudantes terão os hospitais regionais como referência para as aulas práticas”, explicou.
Apesar do aumento de mais 100 vagas na UFMT, além das 80 vagas atuais, ele não acredita que isso resulte na redução da concorrência. “O sistema é integrado com o país todo, alunos de qualquer Estado podem tentar entrar na faculdade. Acho que só vai "refrescar" um pouquinho”, disse.
A coordenadora do curso de Medicina da Univag, Fernanda Figueiredo Arruda Rizzo, disse que a abertura de novas vagas para formação de médicos é válida, desde que se ofereça boa estrutura e tenha corpo docente qualificado.
Mas, de forma geral, a medida resulta em assistência mais ampla, além da promoção da saúde. “Desde 2005, estamos nos preparando para receber o curso”, disse.
No caso da Univag, os alunos terão as aulas práticas na Santa Casa e nos hospitais do Câncer e Metropolitano (Várzea Grande), além de fazerem atendimento na clínica integrada, que funciona dentro do campus.
A reportagem não obteve resposta da direção da Unic.
Fonte:
Mídia News
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