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Agronegócios
Sexta - 27 de Maio de 2011 às 06:38

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A estiagem de 30 dias nas lavouras de Campo Mourão, na Região Centro-Oeste do estado, deixa os agricultores preocupados com uma possível perda de produtividade, principalmente no milho safrinha, que é uma cultura mais adaptada ao verão. Os cereais de inverno como o trigo são mais resistentes à falta de água. No plantio do milho, a expectativa dos produtores rurais era de colher 83 sacas (4,98 mil quilos) por hectare, mas a escassez fez essa estimativa cair. “Acredito que já perdi 20% da produtividade por falta de chuva”, diz o agricultor Marcelo Riva. Ele plantou 125 hectares de aveia e 125 hectares de milho. Como o trigo, a aveia é mais resistente à seca. “Além de o milho não se desenvolver, sem umidade não posso combater adequadamente as pragas que estão atacando a lavoura. Se chover nos próximos dias, recuperamos a aveia, o milho não”, lamenta o produtor. Dependendo do volume e da temperatura, a chuva também prejudica as plantações de inverno.
 
O agricultor Amarildo Walker afirma que não sabe se reza para chover ou para que a estiagem continue por mais alguns dias. “Estou em uma sinuca de bico. Se não chover, a espiga não grana e a produtividade cai. Se chover e esfriar muito, perco toda a lavoura”, explica. Walker plantou 36,3 hectares de aveia e 84,7 hectares de milho. Ele acrescenta que, por falta de chuva, o combate aos insetos com o uso de agrotóxicos fica comprometido. “A lagarta está devorando o milho e o espigão, atacando a aveia”, reclama. Walker esperava colher médias superiores às da safra passada. “Se continuar sem chuva, a expectativa do início do plantio vai despencar”, pondera.





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