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Internacional
Quinta - 26 de Maio de 2011 às 15:50

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O primeiro-ministro da Líbia, Baghdadi Al-Mahmoudi, anunciou que seu governo está disposto a negociar, juntamente com representantes das Nações Unidas e da União Africana, uma data para a adoção de um cessar-fogo no país.

Segundo o correspondente da BBC Andrew North, que está na capital líbia, Trípoli, Mahmoudi disse que o regime do líder líbio Muamar Khadafi está disposto a dialogar com os rebeldes que vêm enfrentando desde fevereiro.

No entanto, o premiê disse que, antes disso acontecer, a Otan - que lidera os ataques internacionais contra forças pró-Khadafi - teria que parar com seus bombardeios no país.

Mahmoudi também descartou os pedidos de governos de vários países para que líder líbio abandone o poder.

A Casa Branca rejeitou a oferta apresentada pelo premiê.

Espanha

O governo líbio já havia dito anteriormente que aceitaria um plano de paz proposto pela União Africana.

As novas declarações de Al-Mahmoudi, porém, coincidem com relatos de que o regime de Khadafi enviou cartas a líderes europeus manifestando sua disposição a adotar a trégua no confronto com os rebeldes.

Um porta-voz do primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero, confirmou a agências de notícias que recebeu uma mensagem do governo líbio buscando um acordo para uma possível trégua.

O porta-voz ressaltou, porém, que a Espanha apoia a posição adotada pela União Europeia de que qualquer oferta de cessar-fogo precisa ser verificável e incluir a volta dos soldados líbios aos quartéis.

"Sobre este tema a Espanha tem a dizer o mesmo que outros governos europeus. Obviamente somos a favor de um acordo na Líbia, mas para isso é preciso que exista uma série de condições e circunstâncias políticas", disse ele.

Não foram revelados mais detalhes sobre a mensagem.

The Independent

O jornal britânico The Independent também afirmou que Mahmoudi está enviando a chefes de Estado cartas com uma proposta de cessar-fogo imediato e monitorado pela ONU.

De acordo com uma cópia da carta obtida pelo jornal, o regime de Khadafi estaria pronto para iniciar conversas com os rebeldes, declarar uma anistia para ambos os lados e esboçar uma nova constituição.

O Independent diz ainda que a carta sugere uma mudança de tom por parte do governo líbio ao não mencionar Khadafi como parte de uma possível futura administração do país.

Na mensagem, o premiê líbio promete apontar um comitê executivo para "acompanhar o cessar-fogo e propor um mecanismo para o diálogo político", segundo a carta.

"Um processo de reconciliação será iniciado que incluiria anistia e indenizações para todas as vítimas do conflito. Estamos prontos para dialogar para a mediação de um cessar-fogo e iniciar discussões para a formação de um governo constitucional", diz o governo líbio, segundo o jornal britânico.

O documento ainda diz que "o que acontece na Líbia é parte de uma série de eventos que ocorrem no mundo árabe. Entendemos isso e sabemos o que nos é pedido".

Forças de Khadafi e rebeldes vêm se enfrentando desde o início de protestos pró-democracia em fevereiro, inspirados nos levantes que derrubaram os governos de Tunísia e Egito.

Uma coalizão militar internacional interveio em 19 de março sob um mandato internacional para proteger civis. A Otan assumiu o controle das operações em 31 de março.





Fonte: EFE

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