Cinco grupos disputam a compra do Baú da Felicidade
Cinco grupos de varejo negociam a compra da rede de lojas do Baú da Felicidade, do grupo Silvio Santos.
Casas Bahia e o empresário mexicano Ricardo Salinas, dono da rede de eletrodomésticos Elektra e do Banco Azteca, são dois dos interessados em adquirir as 137 lojas situadas em São Paulo e Paraná, segundo a Folha apurou.
Procuradas, as Casas Bahia não confirmaram.
De acordo com o vice-presidente do grupo, Lásaro do Carmo Jr., o negócio deve ser fechado entre 60 e 90 dias e segue a venda da Braspag, de processamento de pagamentos online, para Cielo, anunciada na terça-feira.
Depois de perder o PanAmericano, após uma fraude contábil que gerou um rombo de R$ 4 bilhões, o grupo Silvio Santos decidiu se reestruturar para não sofrer os impactos da venda do banco.
Para isso, vai focar em três pilares "estratégicos" nos próximos cinco anos: consumo, com a Jequiti Cosméticos; comunicação, com o SBT; e capitalização, concentrando esforços na Liderança Capitalização (Tele Sena).
"Nós éramos um grupo muito pulverizado e resolvemos focar naquilo que é o grande conhecimento do grupo. Assim, o foco dos investimentos serão os mercados de maior potencial para nós", disse Carmo à Folha. "O Banco não vai fazer mais falta para a gente."
O Baú ficou conhecido pela venda de carnês para a compra de produtos e participação em sorteios. O modelo, porém, se extinguiu com a melhora das condições de crédito do país.
"O modelo era muito viável com inflação em alta, você pagava um produto sem juros e recebia dali a um ano. Hoje você vai numa loja, dá uma entrada pequena e já sai com o produto. Então o mercado fez com que o carnê desaparecesse."
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