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Agronegócios
Quinta - 26 de Maio de 2011 às 10:42

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Fungo especial para o controle biológico da cigarrinha nos canaviais do estado está sendo produzido pela Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP). A ação visa reduzir a proliferação da praga, que aumenta no período chuvoso. A cigarrinha é responsável pela diminuição da produtividade e redução da sacarose da matéria prima do açúcar e do etanol. A Associação possui laboratório para produzir até mil quilos do fungo por dia.
 
Estima-se que em períodos com altas precipitações, como é o caso deste ano, a cigarrinha pode atingir até 30% dos canaviais do estado. “Este é um tempo bastante propício para a sua rápida proliferação”, destaca o vice-presidente e diretor técnico da AFCP, Paulo Giovanni, justificando a decisão de antecipar a produção do fungo que controla biologicamente a praga. O material produzido será distribuído gratuitamente aos produtores ligados à entidade e vendido as usinas e produtores não filiados.
A cigarrinha é nociva a cana porque suga a seiva da folha e introduz toxinas na planta. As folhas ficam queimadas e o desenvolvimento fica prejudicado. “Quando o associado identificar o problema no campo, deve comunicar de imediato ao nosso Departamento Técnico. Logo um profissional é acionado para providenciar levantamento e disponibilizar o fungo para o controle biológico”, diz. Os fungos serão produzidos e distribuídos até setembro.
 
O fungo se alimenta da cigarrinha e começa a atuar em cinco dias após a sua aplicação no campo. Recomenda-se a pulverização de dois quilos do fungo por hectare, misturados a 200 ml de espalhante adesivo. “Em 15 dias, observa-se os efeitos satisfatórios no controle da praga”, diz o dirigente. O fungo produzido na AFCP é o Metarhiziun Anisopliae, bastante eficaz no controle biológico da praga e não agride a cana nem ao meio ambiente.





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