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Quinta - 26 de Maio de 2011 às 06:48
Por: ITIMARA FIGUEIREDO

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Representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Pública de Mato Grosso (Sinterp) farão uma explanação sobre a proposta de reestruturação da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), na reunião do Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa, em data a ser definida.

O convite foi feito pelo presidente da AL, deputado José Riva (PP), durante reunião nesta terça-feira (24), com o presidente do Sinterp, Gilmar Antonio Brunetto e com os diretores do sindicato, Francisco Campos (Baixada Cuiabana) e Juarez Gomes da Silva (tesoureiro). Objetivo é apresentar aos demais deputados a proposta de revitalização dos serviços de assistência técnica, extensão rural e pesquisa agropecuária da entidade.

O Sinterp reivindica a realização de concurso público e investimentos na infraestrutura do órgão que dêem condições de trabalho. A categoria quer também o mesmo tratamento dado ao sistema agrícola, agrário e pecuário, ou seja, a mesma atenção que recebem a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), o Instituto de Defesa Agropecuária  do Estado de Mato Grosso (Indea) e o Instituto de Terras de Mato Grosso.

“É importante expor como está à situação da Empaer também no interior do estado”, disse Riva, ao destacar que o Governo do Estado deve priorizar o setor. “Nesse momento de Copa do Mundo não podemos fechar os olhos e pensar só na copa, deixando de lado outros setores”. Riva alertou que Mato Grosso já perde recursos à agricultura familiar por não ter estrutura e garantiu empenho para resolver a questão.

De acordo com Brunetto, a categoria precisa do apoio da AL para continuar o atendimento aos pequenos agricultores. Disse que a situação é dramática, pois a Empaer possui apenas 377 servidores efetivos e aproximadamente 160 comissionados. Para se ter uma ideia, nos anos 90, eram 1040 servidores para ensinar os produtores da agricultura familiar sobre tecnologia, sociativismo (que engloba o cooperativismo), agroindustrialização e meio ambiente.

Segundo Brunetto, a Empaer de Mato Grosso deveria adotar o mesmo sistema implantado nos estados de Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. “O governo precisa tomar providências urgentes, pois a crise que afeta a agricultura familiar é gerada pela falta de assistência técnica”, disse, ao ressaltar que é preciso, no mínimo, mais 600 servidores para atender 50% da demanda.
Na oportunidade, Riva recebeu o livro: Genealogia Pantaneira Poconeana, de Francisco Ildefonso da Silva Campos. A obra reúne a história de Poconé em 247 páginas.

AGRICULTURA FAMILIAR – Conforme o Sinterp, Mato Grosso possui 718 projetos de assentamentos, com 90 mil famílias beneficiárias assentadas. Sendo 50 mil famílias de agricultores tradicionais distribuídos em 1.228 comunidades rurais. São 140 mil famílias de pequenos produtores rurais que vivem e produzem em regime de economia familiar.





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