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Policia MT
Quarta - 25 de Maio de 2011 às 11:08
Por: ANTONIELLE COSTA

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MidiaNews
MPF, entretanto, diz que Jorge Caramuru não
MPF, entretanto, diz que Jorge Caramuru não "embarcou" na história criada por delegado

O delegado Márcio Pieroni, preso desde o último dia 9, tentou persuadir o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Jorge Caramuru, para que acreditasse na suposta farsa montada ppor ele e pelo empresário Josino Guimarães, também preso, com a finalidade de levantar dúvidas sobre o assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral.

A informação está contida da denúncia do Ministério Público Federal (MPF) proposta contra Pieroni, Josino, Gardel Lima, Clóves Guimarães e Abadia Proença. Dentre os crimes pelo qual foram denunciados estão: formação de quadrilha armada, denunciação caluniosa, falsidade ideológica, fraude processual, interceptação telefônica para fins não autorizados em lei, quebra de sigilo funcional e violação de sepultura.

"O objetivo ilegal dos réus também pode ser verificado pelo relato do diretor Metropolitano de Medicina Legal, Jorge Caramuru, na Procuradoria da República, do que depreende que Pieroni em novembro de 2010 havia procurado-o na tentativa de persuadi-lo para que acreditasse na farsa arquiteta de que o juiz Leopoldino estaria vivo, mostrando um molde dentário de gesso e uma ficha dentária com a afirmação de que aqueles novos elementos seriam aptos a colocar em dúvida o trabalho pericial realizado pelo IML", diz um trecho da denúncia.

Segundo o MPF, Caramuru "não embarcou na trama" e advertiu Pieroni que os elementos mostrados em nada interfeririam no resultado parcial do IML. Entendimento este que foi reafirmado pelo perito odontolegista Marco Prioli.

"Todavia, esta afirmação realizada pelo chefe máximo do instituto de perícia oficial do Estado não foi suficiente para dissuadir Pieroni em prosseguir seu intento criminoso. Pieroni, ao invés de seguir o posicionamento de dois peritos oficiais do Estado, preferiu dar continuidade as investigações em razão de um suposto conselho dado por Abadia para investigar a arcada dentária", diz outro trecho da denúncia.

Após os peritos oficiais do IML demonstrarem que seriam isentos de qualquer influência, Pieroni e Josino recorreram a um profissional de fora do quadro da perícia oficial. O delegado justificou que não utilizou a estrutura do IML devido a uma suposta suspeição que recaía sobre o perito Célio Spadácio.

"Outrossim, o próprio diretor do IML Jorge Caramuru informou desconhecer qualquer suspeição contra o perito Célio Spadácio, apontando-o como um dos mais competentes e experiente peritos do quadro, assim como existe inúmeros outros peritos igualmente habilitados para a realização das perícias", diz outro trecho do documento.

Perícia comprada

A partir daí, Josino e seu irmão Clóves indicaram a Pieroni o dentista de muitos anos da família José Abel Porto de Almeida, a quem teriam pagado R$ 2,5 mil para a elaboração de um laudo pericial falso da arcada dentária do juiz Leopoldino. A compra do documento ficou evidenciada por meio de um comprovante de depósito efetuado na conta do dentista.

No entanto, a perícia não atendeu os anseios dos réus, por trazer informações muito superficiais e inconclusivas.

Prisão

Josino e Pieroni foram presos no último dia 9 de maio, por determinação do juiz Paulo Sodré, da 7ª Vara Federal de Mato Grosso. As prisões preventivas acataram a um pedido do Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com o MPF, o delegado e o empresário são acusados de simular uma investigação paralela comandada pelo primeiro acusado, para levantar suspeitas das provas que subsidiam o processo judicial, em trâmite na Justiça Federal. Ação essa em que Josino irá a Júri Popular pelo assassinato de Leopoldino.

O empresário está preso na Cadeia Pública de Rondonópolis. Já Pieroni, em uma cela no Grupo de Operações Especiais (GOE), em Cuiabá.






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