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Agronegócios
Terça - 24 de Maio de 2011 às 12:18

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A Suzano Papel e Celulose reduziu em 54% o tempo improdutivo de sua planta instalada em Limeira, interior de São Paulo, ao investir em capacitação dos seus funcionários da linha de produção e ao atribuir a estes operadores funções relacionadas diretamente às rotinas de manutenção. “Antes de iniciarmos este trabalho, em 2008, nossa expectativa era a diminuir as paradas quinzenais em 48%, mas os resultados foram bem acima do esperado”, declara Moisés Panaro, gerente de manutenção Suzano, unidade Limeira, aos participantes do o Asset Management 2011 – eventopromovido pelo Grupo SKF e que apresenta experiências práticas e resultados positivos obtidos por seus clientes a partir da implementação de processos de otimização da eficiência de ativos industriais, de 17 a 19 de maio, em Buenos Aires Argentina.

Por ser uma empresa com mais de 85 anos de atuação no mercado de papel e celulose, a Suzano tem seus ativos constituídos por equipamentos tecnológicos associados a maquinários com anos de uso, desta forma as políticas de manutenção sempre foram conduzidas de forma bastante rigorosa. Na busca por melhorias contínuas de uma planta que atua com eficiência de 90%, foi feito um levantamento que identificou que 12% das perdas produtivas eram ocasionadas por falhas nos equipamentos rotativos originadas por motivos primários – vazamentos, problemas de limpeza dos equipamentos, nível de óleo, etc – e evidenciou a importância dos operadores em minimizar estes problemas.
 
Coube a SKF sistematizar esta nova atribuição, criando uma rotina de inspeções e um roteiro de coleta dos dados sobre o desempenho dos equipamentos. Com a implementação deste processo, além de assegurar a adequação dos procedimentos, criou-se um banco de dados capaz de garantir um gerenciamento e uma maior assertividade nos processos de manutenção. “Se em 2008 tínhamos um total de cinco horas de parada ao longo do ano, em 2010 este tempo se reduziu para menos de meia hora, o que reflete em uma maior disponibilidade da planta e lucro para a empresa”, acrescenta Moisés Panaro. Este resultado incide sobretudo na programação das paradas, acompanhando sistematicamente a falha, logo que ela é identificada, houve a redução do tempo destas intervenções de cinco para uma hora.

Para conseguir estes avanços, a companhia conseguiu uma mudança na cultura de seus colaboradores, em especial dos operadores. Com a instituição de uma rotina de procedimentos estabelecida pela SKF, que levou em consideração o fluxo de trabalho dos operadores e um respaldo motivacional por parte da liderança, foi fundamental para a consolidação destes resultados. O feedback dado ao operador é um outro componente fundamental nestes processos. Ele ajuda a entender o que está acontecendo na planta e faz com esses colaboradores passem a contribuir diretamente com a equipe de manutenção. “Por isso é importante trazer o operador para junto do processo decisório, assim eles passam a entender seu papel neste processo”, conclui Renato Silva Neves, coordenador de Projeto SKF do Brasil.





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