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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Terça - 24 de Maio de 2011 às 09:25

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Os países do G8 --Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Japão e Rússia-- não decidirão em sua cúpula desta semana, na França, sobre a sucessão de Dominique Strauss-Kahn à frente do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Fontes governamentais alemãs disseram nesta terça-feira em Berlim que o G8 não é o indicado para tomar uma decisão sobre a direção do FMI.

As mesmas fontes acrescentaram que durante o encontro do G8 no balneário francês de Deauville se tratará, naturalmente, sobre o FMI, mas lembraram que o processo de apresentação de candidaturas só será encerrado em 10 de junho.

Além disso, sublinharam que, no G8, não estão representados todos os países que representam um papel relevante à hora de decidir sobre a sucessão de Strauss-Kahn, em referência a potências emergentes como Brasil, China e Índia.

A Alemanha e outros países da UE desejam que a direção do FMI continue sob responsabilidade europeia e apoiam como candidata ao cargo a ministra das Finanças francesa, Christine Lagarde.

Ontem, Lagarde --considerada a favorita para suceder Strauss-Kahn-- declarou à rede de televisão americana CNBC que é "prematuro" se pronunciar e que não cabe a ela tomar uma decisão a respeito.

Consultada sobre o que diria caso fosse convidada para dirigir o FMI (Fundo Monetário Internacional), Lagarde respondeu: "Diria que é interessante, mas é claramente prematuro".

"A decisão é de outros e não minha", ressaltou.

CHEFIA EUROPEIA

Os europeus querem manter neste posto que, de maneira tácita, é reservado a eles na divisão de poder das instituições internacionais.

No entanto, vários países emergentes consideram que chegou a sua vez de dirigir a instituição financeira internacional.

Apesar de a ida de Lagarde a Washington tirar de Sarkozy uma ministra carismática um ano antes das eleições presidenciais na França, ela seria uma poderosa aliada à Presidência francesa do G20 (Grupos das 20 economias desenvolvidas e emergentes) e no diálogo sobre a crise da dívida na zona do euro.

Por isso, várias potências europeias já defendem um candidato regional e dizem que é "crucial" que o próximo diretor-gerente tenha conhecimentos sobre a Europa, onde a entidade está fortemente envolvida.

No sábado (21), o ministro das Finanças britânico, George Osborne, disse que Lagarde era uma "candidata excelente", e a chanceler alemã, Angela Merkel, a chamou de uma "figura de excelente prestígio" e experiente.

O apoio das três maiores economias da região parece garantir a Lagarde a indicação europeia. A ministra apenas precisaria do aval dos Estados Unidos para chegar ao cargo máximo do FMI.

Espera-se que os líderes do G8 discutam a substituição de Strauss-Kahn nesta semana durante uma cúpula em Deauville, na França, mas ainda não está claro se haverá um anúncio formal.






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