Representantes dos setores de máquinas-ferramenta e qualidade debatem o mercado
Em sua maior edição da história, com 1341 expositores, de 32 países, a 13º FEIMAFE (Feira Internacional de Máquina-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura) e da 11º QUALIDADE (Feira Internacional do Controle da Qualidade), ambas promovidas pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, esperam atrair um público de 70 mil visitantes, configurando-se na principal feira do setor no país. Na coletiva oficial de abertura dos eventos, realizada hoje (23) estiveram presentes Liliane Bortoluci, diretora das feiras; Alfredo Ferrari, coordenador da Comissão da Feimafe/Qualidade; Hiçao Masawa, também da Comissão Feimafe/Qualidade; Carlos Maciel, presidente da Câmara Setorial de Máquinas, Equipamentos e Instrumentos para Controle da Qualidade (CSQI); André Luis Romi, presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Fgerramenta e Sistemas Integrados de Manufatura (CSMF); Milton Rezende, presidente do Sinafer; e Ricardo Figueiredo, diretor do Senai.
As projeções de crescimento do setor de máquinas-ferramenta para este ano foi um dos assuntos abordados. A estimativa é de avanço de 11% em relação ao ano de 2010, mesmo enfrentando alguns problemas como as elevadas taxas de juros altos, a alta carga tributária e o câmbio desfavorável.
De acordo com André Luis Romi, Presidente da CSQI, o Brasil ocupa hoje a 20º posição no ranking de negócios de máquinas-ferramenta, o que correspondeu em 2010 a US$ 1,8 bilhão. Ele destacou ainda que o país tem potencial para crescer ainda mais, podendo chegar a 14º posição, com vendas de US$ 2,8 bilhões ao ano.”
Segundo Alfredo Ferrari, a evolução tecnológica vista nas duas feiras é muito grande, se comparado a edições anteriores, bem como a qualidade dos expositores. “Isso ocorre porque houve aumento na demanda por máquinas-ferramenta e ferramentas, assim como nos investimentos em alta tecnologia e modernização do setor.”
Milton Rezende, presidente do Sindicato das Indústrias de Ferramenta (Sinafer), lembra que o setor vem de um processo de ascensão desde 1990, quando da abertura do mercado para os produtos importados. Entretanto, o desequilíbrio que vemos hoje fica por conta da valorização do real em relação ao dólar. “Na verdade, o ideal é que nossa moeda estivesse 25% abaixo do que está hoje em comparação à norte-americana”, ressalta.
E é neste ponto que inicia a reivindicação do setor para o Governo Federal: “Precisamos de revisão do câmbio, isonomia de impostos e taxas mais baixas nos financiamentos, pois se eu produzo aqui um bem exatamente igual a um da Alemanha ou dos Estados Unidos, é possível que eu pague pelo importado um valor 43% a menos do que o nacional, de acordo com informações da Abimaq”, enfatiza Rezende.
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