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Internacional
Domingo - 22 de Maio de 2011 às 21:13

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O discurso pró-Israel do presidente americano, Barack Obama, aparentemente surtiu efeito. O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou neste domingo que quer trabalhar com Obama para retomar as atualmente congeladas negociações de paz.

Em resposta aos esforços de Obama para acalmar a tensão com Israel em um discurso para um grupo de lobby israelense nos EUA, Netanyahu divulgou um comunicado.

"Eu sou um parceiro do presidente Obama no desejo de promover a paz e eu aprecio seus esforços no passado e no presente para alcançar este objetivo. Eu estou determinado a trabalhar com o presidente Obama para encontrar meios de renovar as conversas de paz", disse o premiê israelense.

Mais cedo, em discurso a Aipac, Obama se dedicou a explicar melhor seu discurso de quinta (19), dizendo que seu plano para a criação de um Estado palestino em terras ocupadas por Israel inclui uma troca de territórios mutuamente acordada e não seguirá exatamente a fronteira de antes da guerra de 1967.

Na quinta-feira, o presidente Obama causou furor em Israel ao defender que "as fronteiras de Israel e do Estado palestino deveriam basear-se nas linhas de 1967 com trocas [de terras] acertadas de comum acordo".

Apesar de Obama já ter feito a ressalva da troca de terras, a comunidade internacional viu o discurso como a defesa da Palestina em terras antes da ocupação israelense de 1967, que incluem Cisjordânia, faixa de Gaza e a disputada Jerusalém Oriental (que os palestinos querem como capital e Israel diz ser indivisível de sua capital).

Israel reagiu em poucas horas e disse que Israel não poderia aceitar a proposta, pois ficaria com fronteiras indefensáveis. Na sexta-feira, o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, foi a Washington e, ao lado de Obama, ressaltou que Israel não aceitará este mapa.

Diante do mais importante grupo israelense nos EUA, um grupo de grande influência na política americana e que votou em peso (80%) em Obama em 2008, o presidente rejeitou a controvérsia.

"Deixe-me repetir o que falei e não o que foi reportado", começou a explicar Obama, colocando um tom mais forte para "as trocas acertadas de comum acordo".

"As partes, israelenses e palestinos, vão negociar uma fronteira que é diferente da que existia em junho de 1967. É isso que significa troca mútua. Permite que as duas partes reconheçam as mudanças que ocorreram nos últimos anos. Permite às partes desenhar os dois Estados pensando nas novas realidades demográficas e as suas necessidades", disse Obama.

"O que fiz na quinta-feira foi dizer em publico o que já era conhecimento no âmbito privado", garantiu Obama.






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