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Internacional
Domingo - 22 de Maio de 2011 às 21:11

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Fayez Nureldine/22.05.2011/AFP
Chanceler da Arábia Saudita, príncipe Saud al Faisal (esq.), cumprimenta o chanceler do Kuait, o xeique Mohammed Sabah a
Chanceler da Arábia Saudita, príncipe Saud al Faisal (esq.), cumprimenta o chanceler do Kuait, o xeique Mohammed Sabah a

Um conselho que reúne países do golfo Pérsico suspendeu seus esforços para mediar a crise política no Iêmen, poucas horas depois de o presidente do país, Ali Abdullah Saleh, ter se recusado a assinar um acordo promovido pelo grupo.

O acordo previa que Saleh - pressionado pela comunidade internacional e por protestos internos - deixaria o poder em um mês, em troca de imunidade contra futuras ações legais. Ele seria substituído por um governo de reconciliação nacional.

O presidente, no poder desde 1978, fez novas exigências e não assinou o pacto.

Também neste domingo, diplomatas estrangeiros tiveram de ser retirados de helicóptero da Embaixada dos Emirados Árabes no Iêmen, que foi cercada durante horas por centenas de aliados armados de Saleh.

Os diplomatas - que, segundo relatos iniciais, são de origem europeia, americana e árabe - estavam na embaixada em Sanaa, capital iemenita, para pressionar Saleh a aceitar o acordo.

O presidente já havia se recusado a assinar o acordo em ocasiões anteriores.

Os simpatizantes do presidente também rejeitam o pacto, chamando-o de "golpe contra a legitimidade" presidencial.

Agora, o esforço de mediação está suspenso - os países do golfo alegaram, em nota divulgada após o fracasso das negociações deste domingo, que a interrupção se dá pela "falta de condições adequadas que haviam sido acordadas" previamente.

O impasse intensifica a crise política do Iêmen, um dos países árabes que enfrentam uma onda de levantes antigoverno.

Ao mesmo tempo, novos protestos em oposição a Saleh tomaram as ruas de Sanaa neste domingo, pedindo a saída imediata do presidente. Os manifestantes ameaçam tomar prédios públicos, estratégia que já desencadeou confrontos com as forças de segurança e mortes nos últimos meses.

A oposição alega que mais de 140 pessoas já foram mortas pelas forças de segurança iemenitas desde o início dos levantes, em janeiro.






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