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Internacional
Domingo - 22 de Maio de 2011 às 21:05

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Rick Gentilo/Associated Press
Anne Sinclair no momento em que deixava o apartamento onde Strauss-Kahn está em prisão domiciliar
Anne Sinclair no momento em que deixava o apartamento onde Strauss-Kahn está em prisão domiciliar

O ex-diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, recebeu a visita de sua mulher, a jornalista francesa Anne Sinclair, em seu segundo dia de prisão domiciliar.

Os jornalistas que rondam o edifício do sul de Manhattan onde o economista francês cumpre sua detenção puderam ver neste domingo quando Anne chegou e deixou o local.

Desde que Strauss-Kahn foi detido por supostamente tentar estuprar a camareira de um hotel de Nova York, a jornalista francesa mostrou total apoio público a seu marido e a repleta confiança em sua inocência.

Embora nos primeiros dias após a detenção do marido ela tenha permanecido na França, no meio da semana Anne foi a Nova York para acompanhar a audiência judicial na qual foi negociada a libertação de seu marido e para ajudá-lo a encontrar um apartamento no qual pudesse ficar em prisão domiciliar.

Anne, de 62 anos, é famosa na França devido à sua carreira de jornalista, e, segundo os meios de comunicação, ela seria muito mais rica que o marido, já que é neta de um dos maiores marchands de arte do mundo, Paul Rosenberg.

Strauss-Kahn só pode deixar o apartamento para ir ao tribunal, reunir-se com advogados, ter consultas médicas e para uma saída para fins religiosos por semana.

VIZINHOS

Carros com links de satélite, repórteres e fotógrafos deram plantão nos arredores do apartamento neste fim de semana. Populares fizeram perguntas aos policiais no local e tiram fotos do movimento da imprensa. Num ônibus de turismo, o guia apontou para o edifício e informou que era ali que estava Strauss-Kahn.

Vizinhos, no entanto, reclamaram. "Não gosto disso. Não gosto de toda essa atenção e da aglomeração na rua", afirmou Ian Horowitz, de 29 anos.

ACUSAÇÕES

Strauss-Kahn, antes cotado como forte candidato à presidência da França, renunciou ao cargo no FMI na quarta-feira. A ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, é a favorita para substituí-lo.

Strauss-Kahn foi detido pela polícia de Nova York há uma semana, horas depois do suposto ataque no hotel Sofitel, Manhattan. Em 6 de junho, ele irá ao tribunal para, formalmente, responder às acusações. Um julgamento pode demorar seis meses ou mais.

Ele nega a acusação de agressão sexual feita pela camareira, de 32 anos. Se condenado, ele pode ficar preso por 25 anos.

GESTÃO DE CRISE

Os advogados de Strauss-Kahn teriam procurado informalmente assessoria em relações públicas de uma consultoria em Washington, gerenciada por ex-diplomatas e funcionários da CIA. O objetivo seria ter a ajuda da firma em gestão de crise.

Na França, o jornal Le Monde publicou que os advogados contrataram a Guidepost Solutions, uma empresa de investigação global onde trabalhariam ex-funcionário do Judiciário de Nova York, um ex-promotor federal e um ex-chefe de segurança da IBM.

Na França, uma organização feminista divulgou uma petição onde se dizia impressionada pelos comentários sexistas de figuras públicas do país, desde a prisão de Strauss-Kahn.






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