"Aida", de Verdi, harmoniza epopeia com sutileza melódica
No Egito dos faraós, uma escrava, filha do rei da Etiópia, vive um amor proibido com o chefe das tropas que vão combater seu pai. Uma das mais célebres criações de Verdi, "Aida" é o volume 17 da Coleção Folha Grandes Óperas, que chega às bancas no próximo domingo, 29/5.
Principal compositor da Itália no século 19, Giuseppe Verdi (1813-1901) conseguiu nesta ópera a síntese entre a grandiloquência do estilo francês e a riqueza melódica da escola italiana. Assim, grandes cenas de balé se alternam com árias e duos de inefável beleza.
Estreada no Cairo, em 1871, "Aida" é uma ópera monumental, que costuma receber produções suntuosas, nas quais cantores dividem o palco com bailarinos e até mesmo com animais, como cavalos e elefantes.
A gravação de "Aida" que faz parte da Coleção Folha é uma das principais realizações do Metropolitan de Nova York durante a gestão de James Levine e um testemunho eloquente do altíssimo nível do coro e da orquestra daquele teatro.
O papel-título é cantado por Aprile Millo, soprano norte-americana de ascendência italiana e irlandesa que fez de "Aida" o seu cavalo-de-batalha.
A seu lado, ela tem o tenor espanhol Plácido Domingo, no papel do herói, Radamés, cujo amor ela disputa com a sacerdotisa Amneris, encarnada por Dolora Zajick, norte-americana que se consolidou como uma das grandes meios-sopranos verdianas de sua geração.
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