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Internacional
Domingo - 22 de Maio de 2011 às 16:19

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As eleições constituintes na Tunísia, previstas para 24 de julho, foram adiadas até 16 de outubro, anunciou neste domingo o presidente da comissão independente designada pelo Governo transitório para organizar o pleito.

Em entrevista coletiva na Tunísia, ele afirmou que "não há tempo suficiente para renovar e atualizar o censo eleitoral", assim como para que os partidos se preparem para o pleito, o primeiro após a derrocada do regime do ex-presidente Zine El Abidine Ben Ali em 14 de janeiro.

O primeiro-ministro, Beji Caid Essebsi, tinha até a próxima segunda-feira para decidir se convocava para julho as primeiras eleições após a fuga de Ben Ali do país para a criação de uma Assembleia Constituinte que redigirá uma nova Constituição.

O Governo nomeou em 19 de maio a denominada Comissão Superior Independente, integrada por personalidades independentes de prestígio, para encarregar-se da preparação do pleito e decidir a data em que devia ser realizado.

Segundo o presidente da comissão independente, após analisar a situação, esta considerou que "não é possível preparar em um mês e meio as listas eleitorais", que devem "ser completamente refeitas", já que seus membros não desejam utilizar "nenhum elemento do regime anterior".

Além disso, afirmou que quase a metade dos cerca de 7 milhões de tunisianos com direito a voto não reside no endereço que consta em sua cédula nacional de identificação.

Ele ressaltou a necessidade de se organizar "com garantias" o voto dos cerca de 1,1 milhão de eleitores tunisianos residentes no exterior, assim como a preparação de cerca de 20 mil colégios eleitorais em todo o país.

Embora quase todos os partidos de oposição legalizados sejam partidários de celebrar as eleições em 24 de julho, o presidente da comissão independente disse que, com o adiamento do pleito, "todas as formações políticas, inclusive as novas, terão tempo suficiente para se preparar".

Ele ressaltou ainda que "quanto mais bem organizadas forem as eleições, menor serão a chances de erro ou manipulação". "O objetivo é que as eleições sejam autenticamente democráticas e transparentes", afirmou.

Um comunicado da comissão independente ressaltou que as eleições foram adiadas para que se garantam "os objetivos da revolução tunisiana", entre eles "a dignidade e a democracia".





Fonte: EFE

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