O presidente da Confederação Brasileira de Apicultores, José Cunha, atenta para o risco: "É diferente fazer isso aqui no Brasil, pois as abelhas africanizadas são extremamente agressivas".
De acordo com Nelson José Vuaden, presidente da Associação Gaúcha de Apicultores, é comum um apicultor ter essa habilidade. Segundo ele, entretanto, no País, o foco dos apicultores é outro. "Aqui no Brasil, o foco é mais voltado para a produção", diz Vuaden. A habilidade de Norman Gary é contestada por José Cunha, presidente da Confederação Brasileira de Apicultores. "O que esse cara (Norman Gary) faz é um hobby, uma atividade comercial. E ele utiliza as abelhas europeias, que são mais mansas em relação às que temos aqui, as africanas."
Porém, a habilidade e o manejo do Americano com as abelhas são reconhecidos por ambos. "Ele conhece a biologia das abelhas e usa alguns artifícios ligados a isso", explica Cunha. No País, esse tipo de exibição foi praticamente abandonado a partir dos anos 60. Segundo Cunha, o risco de morrer para quem praticava e quem assistia era e é ainda muito grande. Ainda assim, em alguns festivais, os apicultores mostram suas habilidades com os animais. Como é o caso do Festimel, um festival realizado bianualmente na cidade litorânea de Balneário Pinhal, no Rio Grande do Sul.
Para cobrir o corpo com abelhas, os apicultores ou passam o feromônio da rainha pelo corpo ou utilizam a técnica de segurar a própria na mão, sem apertá-la. Deste modo, as abelhas são atraídas para onde a rainha estiver e se prendem ao corpo da pessoa.
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