"A 64ª Assembleia Mundial de Saúde saúda um orçamento total que inclui todas as fontes de financiamento" de 3,958 bilhões de dólares para 2012-2013, indica a resolução adotada nesta sexta-feira em sessão plenária.
Este orçamento recebeu cortes de cerca de 1 bilhão de dólares em relação a um relatório do primeiro projeto de 4,8 bilhões de dólares, apresentado pelo comitê executivo em janeiro.
O comitê havia considerado fora da realidade o orçamento, ao levar em consideração a queda das contribuições já sensíveis em 2011, devido a qual a OMS enfrenta um déficit de 300 milhões de dólares.
Mesmo assim pediu que a organização revise o assunto.
O orçamento adotado, cuja preparação durou 14 meses, envolve mudanças em alguns setores e, inclusive, em objetivos, reconhece a OMS.
Segundo seus especialistas, "menos dinheiro será gasto com a gestão da administração", principalmente.
O orçamento de austeridade terá também em consequência cortes no quadro de funcionários da organização em Genebra. Oficialmente, 300 postos serão cortados dos 2.400 que tem a sede.
Os números levam em conta uma reforma da agência, que se transformou em um cavalo de batalha de sua diretora geral, Margaret Chan, cujo mandato termina em 2012.
A resolução "aprova" o "programa de reforma apresentado no informe do diretor geral" e "pede aos Estados membros que apoiem" sua aplicação.
As ONGs criticaram fortemente o projeto que, segundo eles, aumenta os riscos de dependência do setor privado (laboratórios farmacêuticos) e poderá distanciar a OMS de sua principal função.
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