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Internacional
Sexta - 20 de Maio de 2011 às 17:46

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O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) informou nesta sexta-feira que estima que cerca de 4.000 pessoas fugiram da Síria para o Líbano nas últimas semanas.

Segundo a agência, muitos dos refugiados contaram que testemunharam bombardeios pesados na cidade de Tall Kalakh, na região da fronteira entre os dois países.

Líderes locais afirmam que, apenas na semana passada, 1.400 pessoas fugiram da cidade para as áreas fronteiriças de Wadi Khaled e Tall Bire, no norte do Líbano.

O número de 4.000 refugiados é uma estimativa das autoridades locais, segundo o Acnur, e o número exato ainda não foi confirmado.

O Acnur informou em um comunicado que, "tendo que fugir daquilo que chamaram de forte bombardeio militar na área de Tall Kalakh, muitos dos que cruzaram a fronteira chegaram sem nenhum de seus pertences".

"A maioria encontrou abrigo com parentes ou em casas de família, e alguns estão residindo temporariamente em uma escola de Tall Bire", informa o comunicado.

CONFRONTO

Uma porta-voz do Ministério da Informação da Síria negou que Tall Kalakh tenha sido bombardeada. A representante do governo sírio disse à BBC que a área tem muitos contrabandistas, e eles teriam entrado em confronto com as forças de segurança do país.

Além disso, segundo as autoridades sírias, 20 membros das forças de segurança foram mortos nos combates.

De acordo com o comunicado do Acnur, grande parte das pessoas que cruzou a fronteira nas últimas semanas é formada de mulheres e crianças, que além de abrigo e assistência médica, também precisam de apoio psicológico e social - que tem sido oferecido pelo Ministério de Assuntos Sociais do Líbano.

Já foram distribuídos 3.500 colchões e 1.600 cobertores, além de alimentos para os refugiados sírios.

Na semana passada, o primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, pediu ao Comitê de Ajuda Humanitária do governo do país a supervisão e coordenação da resposta às necessidades dos sírios que chegam ao norte do país.

A agência da ONU diz que aprova os esforços do governo libanês, mas também afirma que está acompanhando diretamente os relatos de que algumas pessoas estão sendo detidas ao entrar no país e obrigadas a voltar para a Síria.






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