Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 20 de Maio de 2011 às 16:26

    Imprimir


Os trabalhadores da rede estadual de ensino de Campo Verde, Paranatinga e Jaciara rejeitaram, em assembleias locais, os 10% de reajuste salarial propostos pelo governo do Estado. As decisões seguem agora para a assembleia geral da categoria, que é a instância deliberativa de toda a rede estadual de Mato Grosso, no dia 30 de maio, em Cuiabá. A reivindicação é o piso salarial de R$ 1.312,00.

Outros assuntos foram abordados nas assembleias locais, que tiveram a participação da diretora do polo regional Sul II do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Doralice Vieira de Castro. Além da rede estadual, que já está em estado de greve, os profissionais da rede municipal de Jaciara, a 148 km de Cuiabá, aprovaram a mesma condição, no dia 12 de maio. “A reivindicação é o piso de R$ 1.312,00, mas um Projeto de Lei propondo apenas 7% de reajuste foi enviado e aprovado pela Câmara sem nossa participação”, afirmou. Uma nova assembleia ocorrerá no dia 26 de maio para aprovar ou não a paralisação definitiva.

O roteiro incluiu ainda o município de Planalto da Serra, a 254 km de Cuiabá, no dia 17 de maio, cuja principal dificuldade é avançar na reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). “O vigente ainda é o de 2004, além das tabelas salariais do município, que são diferenciadas das estaduais”, relatou. A rede estadual ainda não se manifestou quanto ao reajuste proposto pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Com piso atual de R$ 664,00 para 25 horas semanais, há previsão de 11% de reajuste para junho, valor que não foi discutido com a categoria.

Capacitação para conselheiros - Outra irregularidade constatada pela sindicalista é a composição dos conselhos municipais, como o de Fiscalização do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “A escolha está em desacordo com a legislação e os conselheiros foram indicados, sem serem preparados para a função”, explicou. Quanto a isso, o Sintep/MT analisa a realização de uma capacitação nesse sentido aos profissionais.

No dia 18 de maio, Doralice Vieira visitou os trabalhadores da educação de Campo Verde, a 139 Km, acompanhada da vice-presidente e do secretário de Redes Municipais do Sintep/MT, Jocilene Barboza e Alex Ferreira, respectivamente. A rede municipal foi contemplada com um seminário sobre PCCS, pauta que está em negociação com o Executivo Municipal. Alex Ferreira fez uma explanação sobre a grande diferença entre os pisos do município e do Estado, de cerca de R$ 700,00 para R$ 1.135,00.
Moção de Repúdio - A proposta do prefeito, Dimorvan Alencar Brescancim, é de R$ 782,00, aquém dos anseios da categoria. Ainda durante a assembleia, os profissionais da educação aprovaram uma Moção de Repúdio contra o Projeto de Lei que amplia a carga horária mínima da Educação Básica de 800 para 960 horas, que deverão ser distribuídas nos 200 dias do ano letivo. O texto será apresentado no próximo Conselho de Representantes, no dia 29 de maio, em Cuiabá.

No dia 19 de maio, foi a vez dos trabalhadores de Paranatinga, a 411 km de Cuiabá, receberem a visita da diretora regional e do secretário adjunto de Redes Municipais do Sintep/MT. O PCCS do município não está de acordo com a Lei Orgânica dos Profissionais da Educação Básica (Lopeb), pois estipula jornada de 20 horas semanais, e não de 30h. Além disso, uma oficina de capacitação sobre o assunto será organizada pelo Sindicato para fornecer instrumentos aos profissionais da rede municipal, que está se filiando à entidade.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/91045/visualizar/