Alemanha, França e Polônia apoiam plano de Obama à Palestina
Alemanha, França e Polônia manifestaram apoio nesta sexta-feira ao plano do presidente americano, Barack Obama, que para tentar superar o conflito no Oriente Médio.
Obama defendeu na véspera, em discurso, a solução de dois Estados para dois povos e afirmou que a Palestina deveria ocupar as fronteiras de antes da guerra de 1967, quando Israel anexou ao seu território parte da Cisjordânia, e faixa de Gaza, além de Jerusalém Oriental e Golã.
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que basear o acordo de paz nas fronteiras de Israel estabelecidas em 1967 poderia ser o caminho para frente nas negociações de paz.
"Acho que a proposta de usar a fronteira de 1967 e considerar a troca de territórios --considerar, e não aderir a ela dogmaticamente-- poderia ser um caminho bom e administrável", disse Merkel em coletiva de imprensa.
Já o chanceler polonês, Radoslaw Sikorski, afirmou ao lado dos colegas francês, Alain Juppé, e alemão, Guido Westerwelle, que os países "apoiam a mensagem de determinação" de Obama "sobre a urgente necessidade de fazer algo para solucionar o conflito do Oriente Médio".
"Obama fez o que a Europa o aconselhou. Agora que fez, damos nosso apoio", completou, em Bydgoszcz (noroeste da Polônia).
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, também apoiou o discurso de Obama e a proposta de que as fronteiras de Israel e Palestina deveriam ser baseadas nas fronteira de 1967, com trocas de território mútuo acordo, "de maneira que se estabeleçam demarcações seguras e reconhecidas pelos dois Estados".
O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, que já não tinha grandes relações com Obama, reagiu ao discurso dizendo que a proposta deixaria Israel com fronteiras "indefensáveis" e rejeitou a pressão americana.
O tema deve fazer parte do encontro dos dois líderes nesta sexta-feira, em Washington.
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