Depois de funcionários públicos em greve ocuparem a Secretaria da Fazenda de Alagoas, o governo do Estado resolveu reagir e cercou nesta sexta-feira todos os prédios ligados à administração estadual, temendo novas invasões ou quebra-quebra. A reação dos servidores veio depois do endurecimento, por parte do governo, nos diálogos para o aumento salarial dos funcionários públicos.
Na noite de quinta-feira, coquetéis molotov foram jogados na porta do Quartel Geral da Polícia Militar, no centro de Maceió. O comando da PM abriu sindicância para apurar as responsabilidades pelo ato.
"O ato só poderia ser cometido por quem conhece a rotina do quartel. Foi um atentado planejado, desde o local até a hora em que foi executado. Foi de uma audácia muito grande, mas nós vamos descobrir quem foi para punir os criminosos", disse o comandante da PM, coronel Luciano Silva. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Izack Jakson, descartou a participação de sindicatos ou servidores na ação.
No meio da pior crise em seu segundo mandato, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), entrevistado pela rádio Jovem Pan, em Maceió, disse que "não riu, nem debochou, nem mangou" dos servidores públicos, durante uma coletiva para o lançamento, na quarta-feira, do programa Alagoas Tem Pressa, cujo objetivo é diminuir os índices sociais negativos no Estado.
A risada, que foi flagrada pelas câmeras de TVs, revoltou os funcionários públicos em greve, como os policiais civis e os professores. "Foi um trocadilho. Aquilo aconteceu no lançamento do Alagoas Tem Pressa. O repórter fez um trocadilho. Me perguntou sobre o programa dizendo também que os servidores também tinham pressa. Eu ri do trocadilho. É falta de modos transformar isso como se o cara estivesse debochando ou mangando do servidor. Gostaria que todos estivessem satisfeitos. Tenho responsabilidade com 3 milhões de alagoanos, não apenas com servidor", disse Vilela.
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