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Sexta - 20 de Maio de 2011 às 13:16

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Foi por meio dos filmes de Pedro Almodóvar que o rosto de Antonio Banderas tornou-se conhecido de todos nós.

A primeira vez em que o ator ficou à frente da câmera do cineasta foi em 1982, em "Labirinto de Paixões". E foi como Angel, o protagonista de "O Matador" (1986), que Banderas começou a ganhar repercussão internacional.

A bem-sucedida parceria dos dois terminaria em 1990, com "Ata-me". Nesse momento, Banderas foi abraçado por Hollywood.

  Francois Guillot/France Presse  
O ator Antonio Banderas e o diretor Pedro Almodovar durante a divulgação de "La Piel Que Habito", em Cannes
O ator Antonio Banderas e o diretor Pedro Almodovar durante a divulgação de "La Piel Que Habito", em Cannes

Pois 20 anos depois de "Ata-me", Almodóvar voltou a pensar no pupilo para um papel. Mas, desta vez, ele não queria explorar seu charme. Queria transformá-lo num homem inescrupuloso, e quase sem expressões.

"Minha história com Pedro tem 20 anos e pode ser resumida como uma lição: uma lição sobre a criação. Com ele, aprendi que um ator não pode utilizar sempre os artifícios que já conhece. E, neste filme, ele voltou a me colocar num espaço em que me senti vulnerável, em que tive de me submeter a sacrifícios", disse Banderas durante a conferência de imprensa que se seguiu à projeção de "La Piel que Habito" (a pele em que vivo), filme que compete pela Palma de Ouro.

"Pedro me proibiu de sorrir em cena, é verdade. Mas quero agradecê-lo publicamente por ter me colocado, de novo, num terreno que eu ainda não conhecia", declarou.

Banderas, que depois de deixar Almodóvar vestiu a roupa de zorro ("A Lenda do Zorro"), trabalhou m Woody Allen ("Você Vai Conhecer o Homem dos seus Sonhos") e participou de "Shrek", disse ter se sentido, em "A Piel que Habito", como quem volta para casa.

"Voltar a Almodóvar é voltar ao reconhecimento do lugar que o Pedro ocupa na minha vida, com V maiúsculo, e não só na minha vida cinematográfica", disse.

"É quase como voltar ao meu país, às minhas raízes, com todas as suas contradições, suas misérias e suas grandezas. É voltar à minha casa, à casa em que me criei. Pedro fez minha educação artística. Foi graças a ele que pude dar continuidade à minha carreira."






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