"O que é meu, ninguém toma", afirmava estudante morto na USP
Primeiro integrante da família a entrar na Universidade de São Paulo, o jovem Felipe Ramos de Paiva, 24, costumava dizer "que aquilo que era dele, fruto do trabalho dele, ninguém ia levar". Há seis meses, Felipe fez um investimento: comprou o Passat 1998, blindado, ao lado do qual seu corpo morto foi encontrado anteontem à noite. Escolheu o carro blindado, segundo o pai, porque já havia sido assaltado outras duas vezes --numa delas, tentaram levar a sua mochila; Felipe acabou por jogar o bandido para fora do ônibus em que estava.
No início do ano, o pai pediu ao filho que se cuidasse na USP, por causa dos sequestros que estavam ocorrendo no campus. O filho respondeu-lhe que era por isso que tinha um carro blindado. "Mas você não é", disse o pai.
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