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Internacional
Quinta - 19 de Maio de 2011 às 23:01

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A Síria condenou energicamente, nesta quinta-feira, as sanções impostas pelos Estados Unidos ao presidente Bashar Al Assad. Washington comunicou que ou começariam as verdadeiras reformas ou Assad sairia do poder, às vésperas de uma nova maratona de protestos.

A medida "serve aos interesses de Israel", indicou a televisão estatal.

"Condenamos as medidas americanas (...), que fazem parte de uma série de sanções impostas pelos sucessivos governos americanos em detrimento do povo sírio, incluídas nos planos regionais destinados principalmente a servir aos interesses de Israel", segundo uma fonte oficial pela TV estatal.

Estas "sanções não influenciaram nem influenciarão nas decisões independentes tomadas pela Síria", destacou.

Para o governo americano é uma medida decisiva para aumentar a pressão sobre o governo para que encerrem a violência contra a população e iniciem a transição para um regime democrático. "Assad deve dirigir a transição ou deixar o poder", afirma o comunicado da diplomacia do departamento do Tesouro americano.

Além disso, o presidente e outras seis pessoas foram sancionadas: o vice-presidente Faruk al Shara, o primeiro ministro Adel Safar, o ministro do Interior Mohamad Ibrahim al Shar, o ministro de Defesa Ali Habib Mahmud, o chefe do serviço de inteligência militar Abdul Fatá Qudsiya e o diretor da segurança política Mohamed Dib Zaitun.

As medidas americanas afetaram também a um dos líderes da Guarda Revolucionária, força especial do regime iraniano, pelo suposto papel na repressão na Síria.

Os meios de comunicação estrangeiros não têm permissão de circular livremente no país.

Uma jornalista da tv Al Jazira, Dorothy Parvez, afirmou nesta quinta-feira ter testemunhado torturas no presidio da Síria, onde os direitos não são respeitados. Ela passou três dias detida antes de ser trasferida para o Irã e logo depois liberada

Desde o início das mobilizações, as autoridades sírias têm atribuido à violência a "grupos de terroristas criminosos" que, segundo eles, têm vínculos com em outros países.

Os manifestantes, que no começo exigiam a suspensão do estado de emergência e o término da supremacia do partido Baath, agora pedem a queda do regime que governa o país há mais de 40 ano





Fonte: AFP

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