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Alemanha e Comissão Europeia apoiam europeu para substituir Strauss-Kahn
Líderes da União Europeia afirmaram nesta quinta-feira que um candidato europeu deve substituir o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn.
Os comentários foram feitos horas após a renúncia de Strauss-Kahn à chefia do órgão. O francês está preso em Nova York sob acusação de tentar violentar uma camareira de um hotel de Manhattan. Ele voltou a negar as acusações.
Após o anúncio da saída de Strauss-Kahn, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Barroso, se pronunciaram a favor de que o FMI continue sendo dirigido por um europeu.
Merkel afirmou que é importante manter um europeu à frente do órgão, devido aos problemas econômicos que enfrentam países da zona do euro.
Segundo analistas, a opinião de Merkel tem um peso considerável, já que a Alemanha é a maior economia da Europa.
A pressão por uma chefia europeia do órgão ocorre também em meio a um debate sobre se o substituto de Strauss-Kahn deveria vir de países em desenvolvimento. Países em desenvolvimento vêm afirmando há anos que querem mais peso no FMI - uma das instituições multilaterais mais importantes do mundo.
Pressão
Strauss-Kahn, que está detido na prisão de Rikers Island, em Nova York, deve fazer um novo pedido de liberdade sob fiança nesta quinta-feira.
Em comunicado, ele afirmou que decidiu apresentar sua renúncia “com infinita tristeza”.
“Neste momento penso primeiro em minha mulher – a quem amo mais do que qualquer coisa –, em meus filhos, em minha família, em meus amigos. Também penso em meus colegas no Fundo; juntos, alcançamos tantas coisas grandes nos últimos três anos e mais”, afirmou.
Após reafirmar que nega “com a maior firmeza possível” as acusações contra ele, Strauss-Kahn diz querer proteger a instituição do FMI e dedicar todas as suas forças e energia em provar sua inocência.
O FMI afirmou que informará “no futuro próximo” sobre o processo de seleção de um novo diretor-geral.
O atual vice-diretor-geral, o americano John Lipsky, vem exercendo o cargo interinamente desde a prisão de Strauss-Kahn.
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