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Internacional
Quarta - 18 de Maio de 2011 às 16:01

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A camareira que acusa o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, de suposto abuso sexual e tentativa de estupro mora em um prédio que só aluga apartamentos para adultos portadores de HIV-aids, publicou nesta quarta-feira o jornal americano "The New York Post".

Anteriormente, detalhou o mesmo veículo, ela viveu em outro apartamento administrado pela organização Harlem Community Aids United, também para pessoas soropositivas.

Segundo o jornal, devido à lei de confidencialidade médica americana não é permitido verificar se a mulher de origem africana tem aids ou está infectada pelo vírus HIV, mas traz o depoimento de um trabalhador dessa organização que afirma que para morar em um desses apartamentos, a pessoa tem de ser soropositivo.

"O apartamento não está alugado em seu nome", indicou essa pessoa ao "Post", já que a organização aluga as casas e depois repassa aos beneficiados de seus programas.

O jornal revela ainda que a mulher "declarou à Polícia que após ter sido obrigada a praticar sexo oral cuspiu o sêmen no chão e que os investigadores estão fazendo exames de DNA com essa mostra".

Nesta quarta-feira, Jeffrey Shapiro, o advogado da camareira afirmou que não houve relação sexual consentida entre sua cliente e o político francês.

"Acho que as alegações de que houve sexo consentido não estão corretas", afirmou Shapiro, que representa a funcionária do hotel luxuoso nova-iorquino onde ocorreu esse incidente no sábado passado, em declarações à rede de televisão "NBC".

Shapiro ressaltou que "não houve nada de mútuo acordo no quarto do hotel", em resposta às declarações da defesa de Strauss-Kahn que deixaram entrever a possibilidade que durante o processo judicial seu cliente declararia que houve relação sexual de mútuo acordo.

O midiático advogado do político francês, Benjamin Brafman, disse na terça-feira à imprensa que, no seu parecer, algumas provas apresentadas pela acusação "não indicam que o encontro foi forçado".

Em suas declarações à "NBC", Shapiro indicou que sua cliente "tem medo e está abalada com a situação, que considera "um pesadelo", mas que está disposta a colaborar com a Polícia e a promotoria nova-iorquina.

A mulher, que segundo a imprensa francesa se chama Nafisatu Dialo, trabalha no hotel nova-iorquino em que ocorreu o incidente há três anos, mas ainda não foi capaz de voltar as suas atividades.

Strauss-Kahn, também chamado DSK pela imprensa francesa e americana, está preso preventivamente em Rikers Island, penitenciária na ilha do East River e famoso cenário de televisão como "Law and Order", que precisamente relata a forma de atuar da unidade especial contra os crimes sexuais que faz parte da Polícia de Nova York e que foram os que detiveram o dirigente.

A Promotoria nova-iorquina, que acusa DSK de sete delitos de abuso sexual e tentativa de estupro pelos quais poderia ser sentenciado a penas que vão de três a 25 anos, no caso mais graves, assinalou que dispõem de exames legistas para demonstrar suas acusações.

O político e economista francês, que está submetido a um regime de vigilância especial durante as 24 horas para evitar que cometa suicídio, terá de comparecer à Corte Criminal de Manhattan em 20 de maio.





Fonte: EFE

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