Museu de Nova York aposta na arqueologia do século 20
O Museu Metropolitano de Nova York aposta no interesse pela arqueologia do início do século 20, com reproduções da arte grega da Idade do Bronze restauradas por Émile Gilliéron e seu filho, de mesmo nome.
A mostra reúne diversas reconstruções e cópias em aquarela e gesso de Gilliéron (1850-1924) e o filho dele (1885-1939).
Ambos "promoveram a popularização da arte grega antiga", informou à agência de notícias Efe o responsável pela arte greco-romana do museu, Sean Hemingway.
"Os gregos da Idade do Bronze têm um estilo muito vivo, e os Gilliéron capturaram isso em suas reproduções, embora em algumas ocasiões as obras estivessem muito fragmentadas", explicou o especialista.
Entre as peças, que serão exibidas até 13 de novembro, figuram aquarelas que mostram com toda riqueza de detalhes e cores a obra "Taureau Sautant" (cujo original é de entre 1450 a.C. e 1300 a.C).
As aquarelas e o gesso permitiram aos Gilliéron reproduzir os detalhes de uma maneira que não seria possível através da fotografia da época, e tal foi a habilidade que estabeleceram um negócio de venda de cópias dessas obras.
Segundo Hemingway, as criações de artistas como Pablo Picasso (1881-1973) e Giorgio de Chirico (1888-1978), e de escritores como James Joyce (1882-1941), foram influenciadas pela popularização dessas imagens e desse tipo de arte.
O americano destacou que De Chirico estudou desenho com Gilliéron pai, que Picasso se inspirou na iconografia dos touros presente na arte de Cnossos, e que Joyce, autor de "Ulisses" (1922), baseado no épico "A Odisseia", de Homero, também estudou a civilização grega
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