Mubarak, de 83 anos, está detido em um hospital no balneário de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, e autoridades dizem que ele tem problemas cardíacos. A mulher dele, Suzanne, que também adoeceu quando recebeu ordem de prisão, foi libertada na terça-feira depois de entregar seus bens, mas enfrenta uma investigação de corrupção.
A coincidência de suas respectivas doenças, que os livrou de se juntarem a altos ex-funcionários do governo na prisão, alimentou boatos de que estão recebendo tratamento diferenciado por parte dos militares.
"O Conselho Supremo das Forças Armadas afirma que não há absolutamente nenhuma verdade no que foi publicado na mídia sobre o conselho pretender perdoar o ex-presidente Hosni Mubarak e sua família", informou o organismo em comunicado em sua página no Facebook.
O conselho "não intervém de forma alguma em questões legais e especialmente em responsabilizar símbolos do regime anterior", disse a nota, acrescentando que medidas legais cabem ao Judiciário e que tais "boatos" objetivam dividir a nação.
Além de ter sido o comandante das Forças Armadas na condição de presidente, Mubarak era um oficial condecorado que liderou a Força Aérea durante a guerra de 1953 com Israel.
Alguns analistas dizem que o conselho militar chefiado pelo marechal de campo Mohamed Hussein Tantawi, que serviu como ministro da Defesa de Mubarak durante duas décadas, reluta em humilhar o ex-líder colocando-o atrás das grades.
Mas o conselho tem sofrido pressão pública para responsabilizar Mubarak e outros após os protestos em massa que forçaram sua renúncia em 11 de março.
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