"Nos opomos fortemente ao envolvimento do governo sírio de incitar os protestos de ontem nas Colinas de Golã", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
"Esse comportamento é inaceitável e não serve como distração da repressão em curso por parte do governo sírio contra manifestantes em seu próprio país", afirmou, ao referir-se às manifestações pró-democracia que ocorrem em território sírio.
Segundo a Casa Branca, o presidente sírio, Bashar al-Assad, teria incitado as manifestações contra Israel para desviar a atenção dos protestos pró-democracia e contra seu governo, que se espalham pela Síria há semanas.
"Nos parece evidente que há um esforço para desviar a atenção das expressões legítimas de protesto por parte do povo sírio e da severa repressão que o governo sírio tem usado contra seu próprio povo", disse o porta-voz americano.
Protestos
Os protestos de domingo ocorreram nas fronteiras de Israel com a Síria, o Líbano e os territórios palestinos, e deixaram pelo menos 16 mortos em confrontos com forças de segurança israelenses.
Na Síria, manifestantes vindos de campos de refugiados próximos a Damasco conseguiram furar o bloqueio das forças israelenses e cruzar a fronteira, entrando na aldeia de Majdal El Shams, nas Colinas de Golã.
As manifestações foram promovidas para marcar a chamada Nakba, palavra árabe que significa "catástrofe" e se refere à data de criação do Estado de Israel, comemorada no domingo.
O governo de Israel disse que irá encaminhar ao Conselho de Segurança da ONU uma reclamação contra a Síria e o Líbano por infiltração em sua fronteira.
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