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Internacional
Quarta - 18 de Maio de 2011 às 09:13

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Para 57% dos franceses, o diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, 62, preso em Nova York por acusação de abuso sexual a uma camareira no sábado passado (14), foi vítima de um complô, segundo os resultados de uma pesquisa publicada nesta quarta-feira.

Já 32% dos entrevistados nesta segunda-feira sobre a questão responderam, ao contrário, que Strauss-Kahn não é vítima de complô, e 11% não quiseram falar, indicou o instituto CSA, que fez o estudo para três órgãos de imprensa franceses.

Apesar de o escândalo afetar o diretor, que aparecia como candidato favorito dos socialistas para as eleições presidenciais francesas do próximo ano, 54% dos entrevistados ainda acreditam na vitória do Partido Socialista (PS) no pleito.

No entanto, 29% dos pesquisados dizem que o terremoto político gerado pelas acusações ao principal responsável do FMI beneficia na corrida presidencial o atual chefe do Estado e rival dos socialistas, Nicolas Sarkozy.

Para 16% dos entrevistados, a saída de Strauss-Kahn beneficiaria a candidata da ultradireitista Frente Nacional, Marine Le Pen, e outros 16% o anterior chefe do PS, François Hollande, que ambiciona a candidatura de seu partido para a Presidência da França.

A atual "número 1" do PS, Martine Aubry, seria a beneficiária pelo escândalo com 10%.

De acordo com a pesquisa, se o candidato socialista fosse Hollande, ele conseguiria avançar ao segundo turno em primeira posição com 23% dos votos, na frente de Sarkozy (22%), com quem disputaria a chefia do Estado.

Já ae a candidata fosse Aubry, ela e Sarkozy passariam ao segundo turno com 23% dos votos cada um. Neste caso, Le Pen também ficaria fora da disputa.

O PS celebrou nesta terça-feira uma reunião de urgência com os dirigentes para passar uma imagem de unidade e garantir que mantém o programa das primárias do partido.

CONDENAÇÃO PÚBLICA

Além do relato dos fatos sobre a situação processual do diretor-gerente do FMI, o tratamento judicial que recebe pelas peculiaridades dos Estados Unidos é o alvo do interesse especial da imprensa francesa, em debate em particular pelas imagens de Strauss-Kahn algemado, consideradas por muitos uma condenação.

Por trás dos debates está o fato de a legislação francesa, a respeito da presunção de inocência, impedir as imagens dos processos judiciais --autorizadas, no entanto, as caricaturas-- e proibir as fotos de suspeitos algemados.

Um dos líderes da União por um Movimento Popular (UMP), Jean Francois Cope, partido do presidente francês Nicolas Sarkozy, afirmou nesta quarta-feira que o FMI deve "resolver" a substituição de Strauss-Kahn à frente do organismo "nos próximos dias".

"Não vejo como pode exercer as funções de diretor-gerente do FMI. Portanto, este assunto deverá ser decidido nos próximos dias", afirmou Cope à imprensa ao ser questionado sobre o futuro do diretor, que comanda a instituição desde 2007.





Fonte: EFE

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