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Cidades/Geral
Terça - 17 de Maio de 2011 às 20:05

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A subsede de Várzea Grande do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) distribuiu uma carta aos trabalhadores da educação durante a solenidade de posse de novos diretores das escolas municipais. O evento ocorreu hoje (17) de manhã e contou com a presença do secretário de Governo do município, Wilton Coelho, e do secretário municipal de Educação, Isac Nassarden.


O documento chama a atenção dos diretores, que foram eleitos em dezembro de 2010, para a importância de assegurar a gestão democrática não apenas no processo eleitoral, mas em todos os espaços e situações relacionadas à escola. “Desejamos que a motivação que os impulsionou considere também as imperfeições do sistema escolar para que apresentem propostas de superação dos diversos problemas presentes nas unidades escolares”, ressalta um trecho do documento.


A carta também expõe o fato de vários gestores afirmarem que a greve ameaça a posse. De acordo com o manifesto, esta é uma demonstração inequívoca de que eles se preocupam apenas consigo e comprova total despolitização e falta de sentido ético. “Temos hoje futuros diretores mandando seus subordinados assinarem livro preto contra a luta pela melhoria salarial, mesmo com meses de salários atrasados”, cita o texto.


Isac Nassarden comentou a greve da categoria, iniciada nesta segunda-feira (16). “Peço a compreensão de todos porque senão as crianças serão prejudicadas, os servidores também não ganham com isso”, declarou. O secretário disse ainda que o enquadramento dos profissionais deve ser concluído até o próximo dia 20 por uma comissão específica. Esta também foi a solução do chefe do Executivo Municipal para o pagamento das perdas salariais.


Manobra política
- Para a presidente da subsede do Sintep/MT, Maria Aparecida Cortez, esta é apenas uma manobra para ganhar tempo e tentar pôr um fim à greve. “Há mais de seis anos tentamos negociar com a prefeitura, formamos inúmeras comissões e diversos estudos já foram feitos, além de acordos que o prefeito (Murilo Domingos) insiste em descumprir”, acrescentou a sindicalista.


A professora da rede municipal de Várzea Grande Alairce Isabel também está descontente com a situação e aderiu à paralisação. “Já demoramos tanto tempo para conseguir aprovar o PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) e agora parece que vai demorar mais ainda para o enquadramento”. Há 18 anos na carreia, ela é uma dos profissionais que ainda não foram enquadrados. “Sem contar as perdas salariais, cuja primeira parcela já deveria ter sido paga em fevereiro”, acrescentou.


Qualidade de ensino
– Os trabalhadores da educação de Várzea Grande cobram também reformas nas escolas, a fim de que se façam as adequações necessárias para a oferta de um ensino com qualidade socialmente referenciada. “Só para se ter uma noção, os lençóis e toalhas utilizados hoje pelas creches do município são os que foram entregues em 2008”, protestou Cida Cortez.


Confira aqui a íntegra da carta distribuída pela subsede do Sintep/MT.






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