Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 16 de Maio de 2011 às 11:32
Por: Antonielle Costa

    Imprimir


Defesa de Josino tomará ciência de despacho, mas deve recorrer da decisão judicial
Defesa de Josino tomará ciência de despacho, mas deve recorrer da decisão judicial

O desembargador Ítalo Fioravanti Sabo Mendes, da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, negou o pedido de liberdade do empresário Josino Guimarães, preso no último dia 9, no município de Rondonópolis.

O recurso foi interposto na sexta-feira (13) contra o mandado de prisão expedido pela 7ª Vara Federal de Cuiabá, no caso em que Josino é acusado de ser o mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral.

A informação foi confirmada ao MidiaNews pelo advogado de defesa do empresário, Waldir Caldas. O defensor está em Brasília, onde impetrou com um novo habeas corpus, desta vez pela prisão no caso em que Josino, junto com o delegado Márcio Pieroni, também preso, teria armado uma investigação para levantar suspeitas de que Leopoldino estaria vivo

Conforme a reportagem já havia antecipado, Josino se mantém preso com dois mandados.

Sobre o teor da decisão em que a liberdade do empresário foi negada, Caldas afirmou que terá acesso ainda pela manhã de hoje e que somente após o conhecimento do despacho irá falar sobre o assunto. No entanto, a tendência é que ele recorra da decisão.

Prisão

Josino Guimarães foi preso no município de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), após o juiz da 7ª Vara Federal de Cuiabá, Paulo Cézar Alves Sodré, acatar dois pedidos de prisão propostos pelo Ministério Público Federal (MPF). Ele está detido na Cadeia Pública da cidade.

Um dos mandados diz respeito à acusação do crime do homicídio qualificado, imputado ao empresário após ter sido acusado pelo MPF de ser o mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral. O magistrado foi encontrado morto em setembro de 1999, na cidade de Concepción, no Paraguai (a 210 km da fronteira com o Brasil).

Antes de ter sido encontrado morto, Leopoldino acusou o empresário de ser "lobista". O magistrado denunciou um suposto esquema de venda de sentença que teria se instalado no Poder Judiciário de Mato Grosso.

Neste caso, a Justiça decidiu que Josino deve ir a Júri Popular. No entanto, o julgamento ainda não aconteceu em função de o empresário ter recorrido da decisão.

Suposta farsa

A segunda prisão foi decretada em função da suposta farsa montada por Josino e o delegado Márcio Pieroni, que também foi preso, para levantar dúvidas de que Leopoldino estaria vivo e evitar que o empresário seja submetido a julgamento popular.

Neste caso, o empresário foi denunciado pelo MPF pelos crimes de formação de quadrilha armada, denunciação caluniosa, falsidade ideológica, fraude processual, interceptação telefônica para fins não autorizados em lei, quebra de sigilo funcional e violação de sepultura.

Também foram denunciados o irmão de Josino, Cloves Luiz Guimarães, Gardel Tadeu Ferreira de Lima, chefe do setor de desaparecidos da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e o detento Abadia Paes Proença.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/91611/visualizar/